Simplificando o processo, há uma solução para o caos da sociedade. Dê-lhes educação, e espere o resultado ao longo do tempo. Na teoria, é a coisa mais óbvia a ser feita. Na prática, é a mais difícil. Alfabetizar, ensinar, oferecer conhecimento e estimular o aprendizado são lições a que nem todos têm acesso, e quando o tem, poucos usufruem desse direito de aprender.
Pensando bem, não é tão simples educar. O Brasil tem uma história atrelada a interesses políticos e económicos que reprimem a criatividade e a liberdade de expressão. A educação está no poder de quem tem o poder, e nas universidades pouco se ensina sobre o que realmente interessa.
Há, de fato, a tentativa de uma massa revoltada de professores de fazer algo pelo Brasil. Afinal, não custa nada tentar. Mas quando os jovens universitários, que assistiram à s aulas desses professores e aprenderam um pouco sobre cidadania e direitos humanos, tentam se manifestar, esbarram na burocracia que afeta a mente dos acomodados.
E a maior parte da população, principalmente a mais instruída, esconde a realidade dos fatos, de que é preciso educar para começar a resolver os problemas de desordem social. Com certeza, não é algo que se consiga da noite para o dia. E o grande mal dos brasileiros talvez seja esse, não saber esperar.
É como a história da árvore. Primeiro, o jardineiro enterra a semente em terra boa. Depois, rega até ela crescer e virar uma plantinha, pequena e frágil, que com o tempo ganha força e cresce, até se tornar uma robusta árvore. Na estação adequada, ela dá flores e frutos, e o jardineiro pode então admirar suas criação. Mas o processo demorou, e o jardineiro só conseguiu chegar ao resultado final com paciência e muita dedicação.
Assim é a educação. Primeiro, o governo tem que plantar a semente da educação no Brasil. Depois, investe no conhecimento dos professores e na estrutura das escolas e das universidades. Aí então é hora de educar os jovens, que serão o futuro do país. Educar de forma democrática, sem jogo de interesses e sem censura.
Oferecer leitura de obras clássicas, colocar esses jovens com contato com a humanidade e permitir que eles desenvolvam um senso crítico capaz de torna-los uma espécie de mentes brilhantes, sem que percam o valor pela vida.
Com educação, eles conseguem emprego. Com emprego, eles conseguem dinheiro para viver. Com dinheiro, eles podem ajudar a melhorar os hospitais e, assim, a saúde do país. E com saúde, com emprego e com educação, o país abre as portas para um futuro melhor, mais humano e mais democrático.