Joca - quer nome mais simples? - era o típico sujeito simprão de tudo. Ele tinha a convicção
de que era a ingnorança que astranvacava o pogresso do Brasir.
Ele sabia que não adiantava nada ler jornais e revistas especializadas porque tudo que esse povo
escrevia - e escreve até hoje - é muito embolado e é pura gastação de português sem dizer nada
que preste. Para dizer que barata esperta não atravessa o galinheiro, dizem que O inseto
blatário perspicaz não perambula pela diagonal no quadrilátero dos galináceos!
Jogou a toalha:
- Não quero nem saber quem envernizou a casca da barata!, não quero nem saber que injetou
groselha na melancia!, não quero nem saber se o pato é macho, eu quero é ovo!
Vivia numa pindura de fazer dó, o pouco que ganhava nos bicos que fazia, gastava nos botequins
em cachaça, cerveja e jogos de truco - e não havia quem o vencesse nas cartas!
Estava "cheio" da ingnorança, da chatice, da mesmice e da humilhação que a vida lhe impunha.
Resolveu então, de tanto ser chamado de ignorante e de tanto viver falando chavões, de uma hora
para outra, mudar de atitude (e de vida). Primeiro matriculou-se no curso supletivo ginasial. Depois no colegial. Com o segundo grau garantido, fez um cursinho pré-vestibular e concorreu a uma vaga no curso de Direito.
Passados alguns anos o Dr. João Carlos (Joca?) continuava simprão de tudo.
- Data Venia, Dr. Joca, quem nasceu prá pintinho nunca chega a gavião!