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Cronicas-->A Princeza das Margaridas -- 26/06/2002 - 05:44 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A PRINCEZA DAS MARGARIDAS


Não desconfiam quase nunca, porque nunca demonstro, mas meu coração é um grande coração. Quer cuidar dos outros, proteger os fracos, os animais, os presos, chora pelas mulheres e tudo discreto, à mineira, embora eu seja carioca com uma descendência espanhola e baiana, o que deve ter criado esse espírito híbrido de melancólico príncipe dos trópicos. Qualquer baixeza me agride, e como sobram as baixezas!
E a cidade foi partida em vários pedaços pelas baixezas, e os poetas foram condenados ao silêncio, porque os homens estão surdos! E cegos e doidos!
E cá estou no meu pequeno planeta solitário: nos fundos de uma apartamento, vendo televisão e, claro, pensando nela, a afoita senhorita que me anda nos pensamentos... como ela é branquinha! grande professora de linguística, especialista em Machado de Assis e uma escritora de talento, com enormes roteiros televisivos e cinematográficos! Uma mente veloz, incisiva. Verdadeiramente uma obra prima da natureza. Além de tudo, um docinho de menina.
Irrita-se com razão com minhas Cronicas de larga escala e meus imensos arquivos anexos; como se não tivesse ela mais coisas a fazer do que dar atenção a esse moço de uma tónica só. Em Julho leio com atenção, diz ela, apressada do telefone público, que é de onde ela me liga. Não fui digno ainda do telefone de sua casa.
Penso que da próxima vez que eu encontrá-la, vou pedir-lhe um autógrafo!
Ninguém veste um tênis com tanto charme!
Então, minha bela, tu não sabes que a única coisa que esse moço gostaria era de ter por uma margaridas entre os cabelos, pegar por muito tempo em suas mãos e nomear-te rainha...; não, rainha geralmente são velhas e feias, mas princesa, sim, princezinha do planeta mais romàntico e brega do mundo, reinando com uma margarida na orelha esquerda!
Entre os homens e a morte, eu fico com as margaridas! Doidice por doidice a minha é mais salutar e branca, penso.
Assim, minha bela, se um dia te ficar difícil suportar essa cidade em brasas e desalmada, vem pra cá pras suas margaridas.

24/06/2002





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