O último gladiador Romano traduz a dor de sua derrota em frases curtas. Talvez todo o sangue que foi derramado, por tanto ouro de todo o universo acabe sendo entregue aos camundongos imundos que perambulam nas cavidades da Europa.
Bruxelas capital da Bélgica não tem direção, vive a poder do vendaval que sopra do oceano. A Ásia de tão grande comporta a Rússia que jamais doou exemplos de uma sociedade socialista. A bota da Itália teve a proeza de chutar gotículas do mar para o país onde a economia funciona, esta pequena gota viajou por todo o arquipélago japonês, desceu até a Oceania onde os cangurus não são novidade - Austrália jovem país. Nova Zelàndia recorda maçã e faz lembrar de Argentina e seus tangos.
A gotícula vinda da Oceania congelou nos Andes, não por muito tempo, até que desembarcasse no Sul do Brasil, em São Paulo ela ficou cinza devido à poluição, no Rio de Janeiro quase foi vítima de uma bala perdida e em Minas Gerais ela engordou.
O Gladiador Romano chorou, chorou e chorou, o sangue ainda era o protagonista em sua armadura, as lágrimas derramavam sobre o rosto quando de repente ele se surpreende e um soluço interrompe ligeiramente sua mágoa. O grande lutador vê a pequena gota que viajou o mundo evaporar misteriosamente num piscar de olhos. Ela acabara de chegar ao Nordeste brasileiro.