Não foi a estréia dos sonhos, mas para ser sincero, foi muito melhor do que eu esperava. É claro que não é de se comemorar uma vitória sofrida, de virada, contra um time bastante limitado. Isso, sem contar a amigável ajuda do árbitro coreano, que marcou um pênalti inexistente ao nosso favor, resultando a vitória brasileira por 2 a 1. Pensando positivo, jogamos o suficiente para ganharmos a partida de estréia.
A verdade é que o Brasil tem vantagem, nesta primeira fase, de disputar jogos com times teoricamente mais fáceis e de pouca expressão mundial (Turquia, China e Costa Rica), dando a chance para o Felipão fazer - ainda - os últimos ajustes no time, principalmente na defesa, antes de entrar para as oitavas-de-final do torneio para jogar com times mais tradicionais. O mesmo caso não se repete para a nossa rival Argentina (coitadinho deles!), que está matando um leão por rodada nesta primeira fase (Nigéria, Inglaterra e Suécia) para manter-se na Copa.
Voltando ao jogo, fiquei muito surpreso com a atuação de Ronaldo (Inter de Milão). Ele me surpreendeu com boas arrancadas, jogadas inteligentes e muita movimentação em campo, dando opção para os seus companheiros de ataque. Foi assim no primeiro gol do Brasil, com Rivaldo dominando a bola pela ponta esquerda e cruzando para Ronaldo empurrar a bola para o fundo do gol, num lance esquisito de puro oportunismo. Porém esquisito ou não, valeu a pelota presa no fundo da rede.
A minha decepção foi Ronaldinho Gaúcho, que se omitiu em campo e não mostrou o futebol que o consagrou nos jogos preparativos da seleção. Ele foi displicente em alguns lances, errando muitas jogadas, sentindo - talvez - o peso da estréia em uma Copa do Mundo. Torço para que contra a seleção chinesa, Ronaldinho Gaúcho cale a minha boca e desenvolva um bom futebol, de preferência com muitos gols.
Rivaldo foi considerado o melhor em campo, porém, sobre a minha percepção, o melhor foi Juninho. O baixinho foi um gigante em campo, disputando todas as bolas, aparecendo como surpresa no ataque, desenvolvendo jogadas rápidas, e ainda por cima, voltando para o meio-de-campo para se defender. Rivaldo até que foi melhor do que em outras partidas, mas ainda longe do futebol que o transformou no melhor jogador do mundo.
Os melhores momentos do jogo, com certeza, foi após a entrada de Denílson em campo, aos 15 minutos do segundo tempo. Ele deu um show de habilidade, mostrando o verdadeiro futebol brasileiro, com dribles desconsertantes - objetivos - que irritou uma boa parte dos jogadores turcos.
Assim como muitas seleções já foram favorecidas em Copas do Mundo (o que não justifica o erro do juiz), ontem foi a nossa vez de sermos ajudado pela arbitragem, com a marcação de um pênalti inexistente em Luizão. Quero agradecer ao coreano pela força, pois a ajuda foi muito bem aproveitada por Rivaldo, que cobrou (sem chances!) no canto esquerdo do goleiro turco (que pulou para o lado certo, mas não deu).
Os outros jogos deixei a desejar, pois estava ansioso com estréia do Brasil, que nem pensei nas outras partidas:
- Itália 2 x 0 Equador;
- Croácia 0 x 1 México.
A vitória da Itália já era esperada, mas a derrota croata me surpreendeu. Pelo jeito, o time de Suker e companhia não demonstraram mais a mesma vitalidade do time de 1998. O pior é que apostei na Croácia em um bolão, sem saber como estavam. Me dei mal.
Agora se vou, me acostumando aos poucos acompanhar a Copa do Mundo pelas madrugadas, acordando sempre durante a noite para ver as seleções jogando entre si. Como resultado, olheiras fundas, atraso na hora de acordar para trabalhar e muito sono (muito mesmo!) durante o expediente de trabalho. Uaahhhhhh!!! ZzzzzzzzZZZZZzz....