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Cronicas-->Um Domingo Qualquer -- 03/06/2002 - 20:18 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um Domingo Qualquer


Por Lílian Maial





Hoje o Domingo acordou diferente.

Talvez o sábado tivesse descansado melhor.

Quase todos dormem. As crianças ainda sonham com seus anjos e bagunças.

As plantinhas na varanda estão sedentas, abrindo-se para cuidados.

Borboletas equivocadas adiantaram a primavera e insistem em bailar na música do vento suave, que balança as folhas. As árvores abraçam os raios de sol, tímidas, como que tentando esconder o tronco com as ramagens densas.

Lá longe pode-se avistar uma fumacinha, em alguma casa, preparando a refeição para um almoço em família.

E a bola de fogo, em seu segundo nascimento (o primeiro foi no horizonte), delimita o teto da construção naquele terreno distante, na altura de meus olhos. De encontro a ele, um avião decolando sonhos rasga o azul em direção ao depois.

Conversíveis guiados por corpos bronzeados e seminus já indicam seu destino litoràneo.

Na rua, um pai atrapalhado com o carrinho de bebê e os buracos da calçada, ainda cuida para que o mais velho não tropece. Feliz, traz o pão nosso de cada dia embaixo do braço.

Senhoras solitárias passeiam com seus cãezinhos, e não se conclui quem guia quem.

Garanhões colocando um "tigre" na máquina, para impressionar as gatas incautas.

Felizes esposas regam as plantas da varanda, com a alma florida de sorrisos.

Esposos amorosos com o desjejum quentinho, na bandeja, dão os retoques finais com bilhetinhos no guardanapo, enquanto os mais preguiçosos aguardam o seu, balançando na rede.

Todos vão às janelas, testemunhar esse Domingo.

Até um beija-flor matreiro veio avisar que já era hora de entrar, para que ele pudesse saciar sua fome sem receios.

Meu turno havia acabado, e o Domingo, apenas começando.
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