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Cronicas-->Labaredas peloscorpos -- 10/03/2002 - 08:28 (Maria Dalva Junqueira Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Labaredas peloscorpos
"Um moço, o amor, um príncipe, viria buscá-la,
estava a caminho.(...)Vem. Há pessoas que
estão vindo muito demoradas."
JOÃO GUIMARÃES ROSA

O
movimento dos astros murmura coisas que não conseguia entender nem interligar. Labaredas peloscorpos, volúpia e desejo... Ó, carne (de)lírio! Constelação que constela entre a coma dos olhos e a fruta dos pés, fonte de prazer, aberta, retida à adivinhança, pulsando, se debate, tal fruto que tomba nas vagas do mar, o corpo, fogo encrespado, somente êxtase, fremente navega proceloso mar singrando sob o sibilar dos ventos, qual Labaredas peloscorpos, cavalo matreiro, velhaco. O esboroar das vagas verga e se abate entre a energia pulsante no cansaço mordaz. No seu ir e vir ora sobre o mar, ora sobre um rio, a galope, como náufragos, dilúvios de rios se cruzam em lombos de animais. As lembranças escorrendo pelas coisas, pelos cantos, pelas janelas, pelos umbrais pervagando pelas tardes, ventusa, penumbra espiral dos tempos, a descortinar janelas, sombras antigas povoam a tarde e vagam pelas praças, pelas árvores. Desmaiam nos encaliçados muros. Paredes e tetos fragmentos de sal, gesso, argamassa. Sombras na casa das sombras. Como quem de uma casa erma e sombria escancara as janelas para o sol entrar.

Maria Dalva (Madellon)
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