... tipo cordel de ideias ficcionadas, que temo bem, mais tarde ou cedo se concretizem; permite AMIGA, dado o pacto de "TUDO" que estabelecemos em plano virtual, que me pendure no Teu predador da selva social, porque hoje é Domingo e não tenho mesmo nadinha para fazer, ainda por cima um pouco triste com as estranhas revelações que captei nos suores invisíveis dos usinais textos.
--- Também não quero neste momento inventar ou imaginar mais nada se não esta caçada, de preferência à reabusada moda de antanho e que hoje em dia só se pratica por exibição encomendada e a alto preço. Há uns tempos a esta parte - afirmo-to sem peias - coloco em primazia qualquer dilecto animalzinho do mundo real em face de qualquer humanóide em cujos miolos não lhe sinta desde logo humanidade (sem M/W). Bem... vamos lá então caçar o predador domesticado!
--- Imagina-te, AMIGA, uma bem raçada égua que o meu moço de estrebaria aparelhou com esmero...
--- Ei... lá! Isto não se faz sem antecipada licença e o melhor, para que a caçada corra bem, o melhor - escrevo - é eu fazer o papel de raçado alazão, luzídio de bronzeo, habituado à s lides campinas do Ribatejo, experimentado baio em rodear os ímpetos dos córnuptos marradores das arenas portuguesas.
--- É... Tu és a amazona ideal para me montares sobre o dorso, afagares-me as longas crinas e soltares-me rédea para eu abrir à desfilada pelos corredores da Usina e de faro em riste sobre o estúpido predador (é só um?) que ousou apoquentar com masmarrices a minha estimada Dona, que me comprou no providencial acaso dos céus aonde as almas de todos se encontram - a bicharada planetária - sem distinções de classe, sadia ou corrupta.
--- Escusas munir-te de esporas porque, mal sinta teu corpo sobre mim, abro imediatamente à desfilada... mas...
--- Não vens?! - Tens algum receio?! Ah... és humana, minha Amiga... e recusas transformar-te também num predador!
--- Ainda nem sequer tinha começado e já acabou a imaginativa e emocionante caçada. Pronto, faz cá uma festinha ao Salvaterra... e lá vou eu de retorno à cavalariça, estiraçar um punhado de fava e consolar-me neste resto de Domingo. Provávelmente irei adormecer a sonhar com a égua do vizinho, a Liliana, que agora não sai ao Domingo. Permites-me, Amiga e Espectacular Dona dum alazão meigo e lúcido?! Fizeste muito bem extremosa Dona em não me teres deixado ir à trela do apoquentado e feirante homenzinho!
------------------ Torre da Guia -----------------