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| Cronicas-->Crónica poema- O Toque das Mãos -- 15/02/2002 - 15:09 () |
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Quando meu olhar te acaricia,
E minhas mãos desenham teu corpo,
Entre os arroubos da paixão incontida,
Procurando descrever-te na memória...
Quando minha alma exulta triunfante,
Arremessando suspiros de felicidade,
Entremeando a verdade e a fantasia,
E condensando num único sentimento...
Quando me beijas e sinto a inconsciência,
A aproximar-se lenta e pausadamente,
Absorvendo aquele momento alucinante,
Num mesmo gole afrodisíaco...
Quando já não calculo o valor do tempo,
Nos braços que me envolvem
E procuro entender as sensações,
Que se misturam num mesmo instante...
Quando tudo parece doce e irreal,
E me transfiguro ao contato delicioso,
Sem alcançar a origem daquele efeito,
Que nos leva ao deleite irrefletido...
Posso entender o valor de cada história,
A importància do viver pelo qual lutamos,
A persistência dos esboços que perpetuamos,
Em cada toque de mãos que se renovam.
Posso aspirar as horas que se multiplicam,
Os minutos de felicidade intensa estonteante,
O sentido da caminhada prazerosa,
No calor de nossas mãos a se entrelaçarem.
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