A maior parte de nosso precioso tempo, hoje em dia, é investida em tentar entender as tramas e os caminhos intrincados da política nacional.
Em um momento em que os partidos de oposição, especialmente um deles, têm a oportunidade de eleger seu candidato, vai abrir mão dessa possibilidade, colocando na concorrência, um perdedor nato.
Tem-se a clara impressão de que a cúpula deste partido político é, diretamente, interessada em manter o "continuísmo" no poder. As razões podem ser inúmeras mas, dentre as mais prováveis pode estar o receio de passar de estilingue a vidraça, em um momento pré-crítico para o qual se encaminha o país.
Realmente, não será tarefa das mais fáceis administrar com equilíbrio e satisfazer as expectativas populares, contando com uma estrutura corrompida e totalmente comprometida com o capital especulativo.
A mais recente colaboração para esta impressão é a declaração de um possível candidato a governador do Estado de São Paulo, por esse mesmo partido, que demonstra uma posição totalmente contrária aos desejos da maioria da população.
Quando o povo, amedrontado e com sua liberdade cerceada pelo pavor e pela insegurança, começa, novamente, a falar em pena de morte como uma possível saída para a crise dentro da moribunda segurança pública, esse pré-candidato fala em conduzir a polícia com cabresto curto?
Dentre as seguras razões para tal estado de coisas, está uma polícia manietada e acuada pelos defensores dos direitos humanos dos bandidos.
E, pelo jeito, querem piorar as coisas!
Haverá algum Noé, que conduza essa arca, em meio à s tempestades e dilúvios, sem naufragá-la?
Carlos Gama. www.suacara.com