Basta de fingimento, chega de omissão, pára com a covardia.
Chega do dia-a-dia desta rotina, sem fim, de violência;
Que trata a vida com desapreço e acerta o alvo com pontaria
Que sangra e mata, impune ao remorso, sem clemência.
Desarmados, vamos combater esta infame tirania,
Quebrando as grades e as trancas de nossos lares.
Usando as armas de que dispomos, a fantasia.
Saiamos em bandos, pelas ruas e praças, por todos os lugares.
Andando de metró, voando com os pássaros, ouvindo cachoeiras
Deitando nos rios, subindo em árvores, descendo ladeiras,
Assobiando, ao vento, canções de amor e de alegria.
Escolhendo por alvos o lado humano e seus valores.
Acreditando nos sonhos, iremos despertar da imensa letargia
Atirando e matando descrenças e dissabores
Com as armas que temos: do amor e a poesia