Ahh, saudade, como posso lhe definir? Existem tantas formas de sentir a saudade, como aquela que bate no fundo do coração e logo nos traz tantas coisas boas. Saudade que nos faz apertar por dentro e a cabeça viajar numa nostalgia sem fim. Enfim, saudade.
O nosso querido Aurélio, popularmente chamado pai dos burros, definiu a saudade da seguinte forma: "lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoa ou coisa distante ou extinta". - Seria essa a melhor forma de definição da saudade? Acho que não. Afinal, cada um tem a sua própria saudade, cada um de nós formamos a nossa própria saudade.
Um exemplo: o velhinho sente a saudade de voltar a ser jovem, o jovem por sua vez tem saudade de ser criança novamente, ou seja, vivemos num círculo vicioso de saudade, fazendo com que tenhamos saudades sempre. Basta parar agora e pensar do que você sente saudade, da sua infància? De algum amigo? De acordar tarde? De como era gostoso viver sem responsabilidades? De uma viagem inesquecível? Quem não sentiu saudade, não teve passado, não viveu a vida e com certeza não é feliz.
Uma coisa muito boa que a saudade nos proporciona, é poder acabar com ela, mata-la, não que a saudade seja ruim, mas quando acabamos com ela, o prazer é indiscritível. Matar a saudade da namorada, do irmão, do cachorro, da sua casa...etc, não tem preço ou oferta melhor, será sempre muito bom e agradável.
Porém, como toda coisa boa também tem o seu lado negativo, a saudade à s vezes faz doer, pois nem sempre conseguimos fazer com que ela se vá, trazendo uma lembrança muito forte, que nos faz emocionar. Mas a vida é assim, temos que aprender a conviver com ela e tirarmos proveito das alegrias que ela possa nos dar, para assim, deixarmos tudo na maior saudade.
Quero dedicar esta pequena crónica, a minha grande amiga Cristiane, que com certeza deixará muita saudade.