Não conheço detalhes das modificações propostas para a flexibilização da CLT, mas se tudo que está escrito na Consolidação das Leis Trabalhistas continuar valendo soberanamente, parece-me ser uma boa opção para o trabalhador, quando ele tiver representação sindical com poder de fogo para uma boa negociação. No entanto, é importante observar que sindicatos fortes neste país são poucos. Os empregados de estatais conseguem boas negociações e os de fábrica de automóveis também, mas a maior parte fica negociando migalhas para manter o emprego da classe que representa. O que pode significar, então, a mudança proposta? Nos períodos em que não houver pleno emprego, ou seja, quando houver mais procura por emprego do que oferta (o que aqui é a regra), dificilmente veremos boas negociações entre sindicatos e empregadores.Aí, o empregado possivelmente terá de descer goela abaixo algumas modificações avalizadas pelo sindicato, a fim de não perder o emprego. Se isto é justo ou não, vai depender da posição de cada um no momento em que a coisa estiver acontecendo. Para os que ficarem de quatro, certamente não será uma boa.
Siceramente, não consigo ver o governo Fernando Henrique Cardoso preocupado com justiça social...