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Cronicas-->Pensar nos mortos -- 07/11/2001 - 11:42 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PENSAR NOS MORTOS
Roberto Corrêa

Em novembro, especialmente no dia 2, somos convidados a pensar nos mortos, relembrar ou refletir sobre aqueles que viveram nesta terra e que , há pouco ou há muito tempo, já partiram para a eternidade. A medida que o tempo passa, a lista dos mortos , incluindo parentes, amigos, conhecidos, vai aumentando, e disso somos informados seja pessoalmente, seja através dos diversos necrológios. E é em vão dizer que nos entristecemos com as informações, pois imediatamente aplicamos o antídoto, a vacina contra melancolias e depressões.
Mas, a chamada da Igreja, para pensar nos mortos, no dia de Finados, inelutavelmente dá a entender que devemos cogitar primeiro daqueles mais chegados , com laços de parentesco mais profundos e segundo, que não nos esqueçamos de rezar, fazer alguma prece para suas almas e dos demais amigos e conhecidos. Pensar nos predecessores que conhecêramos em vida, às vezes pode ser bem agradável, mormente se nos socorrermos de fotografias ou dialogarmos com outros parentes ou companheiros sobre as qualidades, pendores, graças e mesmo defeitos dos falecidos.
E as recordações ainda podem ser abundantes, dependendo do momento e do estado emocional de cada um, sendo até conveniente serem reprimidas se, se tornarem constantes e obsessivas. A expressão antiga "recordar é viver duas vezes", não corresponde à realidade e pode até ser considerada como doentia. A fantasia, o devaneio, podem nos embevecer , nos deixar gostosamente entretidos com a visão do irreal, de uma gostosura ficcional que se assemelha a sonho que desejaríamos jamais terminasse.
Mas, pensando nos mortos mais recentes, e a esta altura da vida já encarando a morte com mais naturalidade, compreendendo e tendo absoluta certeza de que ela faz parte do contexto existencial, saudosamente recordamos passagens ou momentos agradáveis, marcantes e indeléveis, perdidos no tempo. Hoje, com os modernos recursos tecnológicos ( a cada dia surgem novidades), além da fotografia, podemos gravar vozes, filmar, guardar inúmeras lembranças daqueles entes que nos são caros e de momentos plenos de ventura. Vou parar por aqui, porque escrevendo ainda no mês de outubro, estou me sentindo entristecido, enquanto lá fora vejo a natureza exuberante: pássaros cantando, sol e flores da primavera florida. Parece que tudo nos convida para as alegrias do viver, inobstante as dificuldades, limitações e sombrias perspectivas de um mundo cruel: ao nosso redor criminalidade incontrolável e ao longe , guerras e sombrias apreensões de terrorismo real e imaginário.
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