Presente do mar aos que apreciam os mistérios de suas correntes marítimas sem destino certo, semelhante ao pescador que ao remar no barco, vive pacientemente a pescar a dor ao fundo do oceano. Navegar sob o concerto das marés, e ser resgatado à superfície nada avistando, a não ser o infinito insondável. Levitar sobre as águas que alimentam o útero Terra, o torna rei além de pescador. Seu solo é o território da maresia e nele há um colóquio sagrado entre o artesão da pesca e a rainha de todos os mares a coreografar movimentos que o seduzem, além de induzi-lo a não mais pescar a dor.