Tomba minh`alma de gigante, de guerreira afoita, sem flecha, sem lança, arco quebrado.
Mãe sem coragem pra pedir a Deus por seus filhos. Tentou dar-lhes tudo, faltou um só dom.
"A força dos fracos contra os fortes".
Alma de gigante caida, não mais sorrir pra vida, cansada, dói as pernas em qualquer subida, falta o ar que alimenta a alma.
Ela que sabia ser forte, vendeu açai nas ruas, carregou água para senhoras que não mais podiam.
Ganhava em troca aquelas bruxas de pano tão queridas.
A "fortaleza" perdeu as forças, caiu, arrasta-se como as víboras.
Pobre mulher! Nem a Deus busca no desespero.
Ele quem sabe não a ouça.
Pra DEUS, Mãe é LUZ , é FORÇA.
Pobre Mulher!
Nem chorar sabe, isto é para os fracos e ela não se entrega, aprendeu assim.
É só um momento de fraqueza.
Amanhã o sol brilhará, as nuvens escuras se vão, é verão.
Ela imitará o IPÊ que se desnuda das folhagens no outono pra mostrar no inverno
o quanto a natureza é sábia e ele se cobrirá de flores lilás, amarelas,
como uma noiva florida.
É VERÃO! É VERÃO!...
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Manaus,09.07.2016.
Nota da autora- Rir da vida é o que mais os poetas sabem fazer,
não se assustam com as mazelas do mundo, agem através das letras.
"Decifra-me! Ou eu te destruo!" como a Esfinge, eles se camuflam.
É Verão!.
Manaus, 18 de julho de 2016. Ana Zélia,