Zé do Jipe
Dono de uma fazenda distante sete léguas de Montes Claros, o Zé era também proprietário de um jipe comprado em 1951, no mesmo ano em que fora fabricado.
Naquele tempo, a luz gerada por motores, apagava às 10 da noite com um sinal de aviso, cinco minutos antes.
Numa sexta-feira de agosto, depois de vacinar o gado na fazenda, ele tomou a estrada de volta a Montes Claros.
A entrada se dava pelo Bairro Morrinhos, onde havia um cemitério antigo...
Era quase meia noite e Zé já estava perto de casa, quando, bem de frente ao cemitério, ao tentar romper um banco de areia, o jipe apagou.
Ele resolveu desligar os faróis, porque lhe disseram que, se o veículo não estiver funcionando, tem que desligar os faróis, senão a bateria descarrega.Tudo virou um escuro de meter dedo no olho.
Percebendo que um carro atolara ali perto, Zacarias, o vigia que morava ao lado do cemitério, aproximou-se e perguntou:
—Quer ajuda?...
Puft,
Zé do Jipe desmaiou e foi levado nos braços, até o hospital no centro da cidade, mais ou menos, dois quilômetros morro abaixo.

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