Quando a noite se aproxima,
E a escuridão me envolve
Revejo meus valores e alegrias
E retorno ao ponto de partida.
Na luz que novamente surge,
Vejo em seus reflexos tênues,
Minha alma que em silêncio,
Roga pelo esplendor que se foi.
Meus olhos extasiados se abrem,
Sem mais ficarem ofuscados pela luz,
E não entendo onde se encontra,
Aquele brilho que me deslumbrava.
Contemplo então à minha volta,
Revejo meus sonhos coloridos,
Pergunto-me pelo encantado azul,
E consigo enxergá-lo em mim.
Passeando no tempo encontro meu herói,
Nas histórias antigas de Monteiro Lobato,
Pergunto-lhe então se o pó de pirlimpimpim,
Poderia ajudar em meu ansioso devaneio.
Quero visitar o reino da esperança,
Entrar em contato com seus deuses,
Amar a vida tão transitória, mas intensa.
E conseguir ser feliz cada dia.
Quero duplicar minhas sensações,
Amar todos os meus momentos,
Usufruir em dobro cada minuto.
E fazer do ideal minha bandeira.
Desejo entender os motivos de glória,
Sentir que meu irmão de estrada me dá a mão,
Infundir-lhe meu calor enquanto é tempo,
E frutificar no templo do amor e do desejo.