Se me perguntassem uma pessoa que admiro no Brasil, eu responderia
que "O Evando, O Homem Livro" de longe, não apenas como
personalidade, mas como excelência em ensinar pelo exemplo a
políticos, intelectuais e lideres comunitários como ser um cidadão útil
usando, principalmente, de boa vontade e amor ao próximo.Evando, sendo um modesto pedreiro, entretando amante da leitura, coisa
rara no Brasil nas classes mais modestas, porque a alfabetização é
precária nesse sentido, em formar leitores, ganhou cinquenta livros de
presente, como que casualmente e os levou para casa.
Começou então a
emprestar os livros, gratuitamente, a quem quisesse e sem cobrar
devolução.
Falando, Evandro cita Machado de Assis e Tobias Barreto, seu escritor favorito, que deu nome á sua biblioteca: quando fala
seus olhos brilham. Diz que a mãe o ensinara gostar dos livros.
Chora ao lembrar. Os cinquenta livros ,hoje, são cinquenta mil. A
biblioteca foi então criada com projeto de Oscar Niemayer, outra
grande figura humana. Do pouco, se fez o muito.
Da cultura, cresceu beleza e cidadania. Alguém ainda duvida que a
leitura faz seres humanos melhores? Capazes de fazer milagres? Não
satisfeito com tudo isso, Evando se veste de livro e sai pelas ruas
da comunidade. A ele, sim, deveria ser dada uma cadeira na Academia de
Letras. Para Evando, o bibliotecário da Penha, minha admiração
aberta e declarada.