O homem, essa maravilhosa criação divina, a obra prima do Universo, é uma individualidade que vive absolutamente só. Causa-nos estúpida admiração portanto, que filósofos, sociólogos e assemelhados tenham construído teorias absurdas como o nazismo, facismo e o comunismo avassalador - aceitas por multidões incalculáveis - o último somente agora estrebuchando, quase no final do século XX. Só nos tranquilizamos porque relembramos a informação bíblica de que o número de tolos é infinito (numerus stultorum est infinitus), complementado pela mística mensagem de que "muitos são os chamados, poucos os escolhidos."
Nas agitadas urbes e metrópoles contemporàneas, a nossa primeira impressão é de que o homem é um ser coletivo. Vive coletivamente, dependendo dos outros nos seus mínimos detalhes.. Tal dependência o socializa, em grau maior ou menor, a ponto de tornar-se simples autómato, requintado robó que se arrebenta com as eventuais falhas da programação, inevitáveis face à s permanentes ou inarredáveis crises da vida
Mas, num determinado momento se pararmos para pensar, refletir e meditar; se nesse precioso tempo nos deslocarmos para a solidão do campo, onde só a natureza existe , o céu azul, árvores, vegetação, a água de uma nascente, o canto dos pássaros e o chão que pisamos, é induvidoso concluir: estamos sós, absolutamente sós. Nós , o mundo e Deus. Então sentimos a plena individualidade, a absoluta independência de todos e de tudo. Nesses momentos de solidão podemos compreender, a maravilhosa importància da criação humana, obra de um Ser Superior que nos infundiu a centelha da imortalidade.
Não nos é possível, porém, nos deter no isolacionismo. Não podemos viver isolados o tempo todo. Outros indivíduos como nós, os semelhantes, os nossos irmãos, têm a mesma procedência, os mesmos ideais, igual destinação. Precisamos conviver em harmonia fraternal e mutuamente nos unindo e colaborando. E´ a sociedade natural que , se prevalecesse sem desvios, evidentemente teria transformado a terra num paraíso. O homem, infelizmente, acariciando e não resistindo as profundas inclinações para o mal, tumultua a própria existência gerando os angustiosos e abundantes conflitos, fartamente conhecidos.
Todavia, não podemos desanimar. Reconduzidos à dignidade de Rei do Universo, reconfortados com as reflexões na solidão telúrica - real ou criada -, batalharemos para multiplicar e frutificar os talentos recebidos, seguros de que, da unidade individual perfeita ,surgirá a sociedade que sonhamos.