No dia anual da lembrança dos mortos, seguramente seremos tomados pela tristeza, porque a meditação sobre a morte, pode nos envolver com intensidade mais realista. Quando adolescentes ou jovens, na habitual reflexão de que a morte acontece para os outros e vida longeva nos aguarda, pois trinta, cinquenta anos de vida se nos afiguravam bastante, ir ao cemitério visitar túmulos e fazer algumas orações, nesse dia, até que podia ser agradável, onde muitas vezes nos encontrávamos com pessoas vivas que não víamos há muitos anos.
À medida que o tempo vai passando, e a morte não chega muito perto das nossas cercanias, tudo bem, vamo-nos acostumando com o Dia de Finados, que os turistas de carteirinha acabam adorando, principalmente se ensejam feriado prolongado... A laicidade dos tempos modernos cortou o feriado de Todos os Santos (1º de novembro), impedindo mais dias de férias prolongados, mas para compensar, deu um "jeito" e acabou criando o Dia da Consciência Negra (20 de novembro). Mas, neste 2008, a indesejável morte, levou um punhado de companheiros, do meu círculo de relacionamento, cujos nomes passo a declinar: Odilon Nogueira de Matos, Ragi Khouri, Dr. Amaury de Carvalho, Dr. José da Silva Coelho, Prof. Euclides Guimarães ,Eng., José de Barros Santos. O falecimento de pessoas tão amigas, de frequente convívio, nos fez meditar da conveniência da existência de uma vida futura. Não é crível que os predecessores, especialmente os parentes mais próximo, que participaram da nossa vida, tenham virado pó e, simplesmente, deixado de existir. Com toda certeza se encontram em outra "dimensão", como a "turma" gosta de falar hoje em dia e lá se entretém com o reino celestial reservado por Jesus para os seus eleitos. Isso nos leva a meditar que precisamos deixar de ter a mentalidade do avestruz, que esconde a cabeça no chão para fugir das adversidades que tem pela frente. Temos, então de, além de considerar a morte como acontecimento natural, procurar entender a necessidade dela e as razões da sua existência para o ser humano. Daí intensificar o interesse para nos inteirarmos da melhor forma de tudo que nos aguarda na vida futura, ou seja, de nos aprofundarmos nos estudos religiosos, onde detalhadamente, todas essas dúvidas poderão ser minimizadas ou esclarecidas. Com isso, para os idosos, podemos inferir, no fatal processo de envelhecimento, são duras as perspectivas porque, à medida que o tempo passa, inexoravelmente enxergamos aquela fatídica senhora a nos esperar, de braços abertos ou não. Incrementar a fé, para dirimir a turbulência dos momentos finais deve, portanto, se tornar prioridade de todos que, se encontram envolvidos na tarefa que filosoficamente não sabem explicar: a vida.