Estou um pouco chateado. A prometida cota de 30 exemplares pela participação no livro Cronicas dos Anjos de Prata não vem mesmo. Isso deu uma azedada na vontade de escrever. Nada que não seja recuperado daqui a pouco. Por enquanto, porém, estou coalhando por dentro. É como se tivesse enviado cartas e soubesse que não vou receber respostas porque as pessoas estão com preguiça.
Mandei um e-mail para a TV1.com cobrando meus livros. Foi essa empresa que patrocinou a edição visando distribuí-la entre clientes e amigos, o que, aliás, fez e marqueteou bastante. Ninguém respondeu ao meu e-mail, porém, nem para dizer "você dançou".
A explicação definitiva veio através do Beto Muniz, um dos cronistas do livro e autor da apresentação. Parece que houve um ruído de comunicação e os autores que não receberam seus livros na festinha de lançamento ficaram sem eles ou com apenas parte da cota. Me encaixo no segundo caso.
Acabei ganhando 10 livros doados pelo Beto. Tenho 20 amigos que ficaram sem os exemplares prometidos e meio desconfiados da veracidade da explicação.
Eu até havia preparado um textinho mal criado, desses que a gente escreve para azedar o humor alheio. Mas não vale a pena mostrar. Primeiro, porque pouca gente vai ler. Segundo, porque os leitores incomodados por esse tipo de texto dificilmente respondem. Fica o aprendizado dessa estréia no mercado editorial. Passado meu azedume interno, volto à s Cronicas como antes.
Queria manter o mesmo ritmo de escrita. Mas essa queimação interna ainda destrói verbos e predicados, está mais para adjetivos do que para substantivos. E como as minhas Cronicas são feitas daquilo que sinto para pessoas que gostam de ler o que escrevo, não acho justo escrever azedo para quem tem olhos doces.
Vou ficar calado um tempo.
Isso passa. Isso há de passar.