Chega o final do ano e parece que tudo é igual, sempre igual. Encontros de colegas, festa disso, festa daquilo... Preparativos para o Natal. Logo vem o Réveillon ... E todos já de olho no Ano Novo, em que tudo vai ser diferente, daqui pra frente...
Assim como nem tudo será diferente daqui para a frente, tampouco será igual ao que já passou e lá ficou, para trás. Como os velhos carnavais.
No embalo do balanço mental - e anual - dos meus próprios feitos, gosto, nesta época, de recordar passagens que vivi em outras paragens, com outros personagens.
Em priscas eras, passávamos a meia-noite em família. Mamãe, papai, tios e tias, que velharia, achávamos nós. Depois, debandada geral. Festas em casa de amigos. Dançávamos e bebíamos, mais bebíamos do que dançávamos. Para afogar as mágoas, declarávamos. Que mágoas seriam essas, pergunto-me agora, já nem sei mais...
Mais tarde, bailes em clubes formais sempre acabavam em carnavais, de black-ties.
E a volta pra casa, cantando ao raiar do dia, anunciava um ano de alegria. Fora a ressaca daquele primeiro dia.
Depois vieram os réveillons longe de casa, bem distintos em norma e forma. Noites geladas, no aconchego de um lar, ou na bagunça da rua, sem lua, com neblina a embaçar. Só luzinhas a brilhar. Mas nunca faltou champanhe pra esquentar. E animar.
A moda dos fogos pegou, que coisa mais linda! Chuvas de estrelas no ar e no mar. Rio de Janeiro, Floripa, São Sebastião, em qualquer lugar, não tem par. Até em Taubaté gosto de vê-las estourar.
Feliz Ano Novo pra todos, que nós merecemos!
Tin,tin!