Hoje eu recebi um e-mail, que entre outras coisas dizia: "Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma". Chico Buarque.
Uau. Que bela, que perfeita definição de solidão. É que nós, as vezes, confundimos necessidades, sensações, emoções, sentimentos diversos com a perda de nós mesmos e saímos em busca de soluções externas para suprir nossas carências. Todas tão mais fáceis de resolver. Principalmente se pudermos responsabilizar alguém pelas nossas complicações, o que normalmente, ou será naturalmente? fazemos. Fica mais fácil de digerir.
A dificuldade verdadeira está em compreendermos essa perda tão profunda de nós mesmos. Incrédulos, nos valemos de subterfúgios e paliativos e tantas vezes nos perdemos no caminho, em busca de soluções que camuflam o verdadeiro problema.
A perda da nossa alma significa o desequilíbrio total, a falta de respostas, a busca contínua e constante, nem se sabe de quê ou prá que.
É o buraco no peito, o vazio no cérebro, a perda da esperança, a rua sem fim. A escuridão no fim do túnel. A falta de um amor. Qualquer amor.
A busca da essência no encontro da alma. A questão resolvida. A saciedade conquistada. A solução do problema, até que outro surja e nos arrebate novamente a alma e nos tire o chão, assuste, impulsione, atire novamente aos leões.
Assim. De empurrão em empurrão. De perda em perda.De ganho em ganho.
Simplesmente assim. Resgatamos nossa alma, nos tornamos mais fortes e criamos escudos de proteção para o próximo golpe.
Faz parte da vida.
É a vida.