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Cronicas-->O jantar com os tailandeses -- 12/06/2007 - 20:01 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O jantar com os tailandeses



Na escola de inglês em Folkestone ficamos em classes diferentes. José era mais adiantado do que eu e isto contribuiu não só para nos sentirmos mais à vontade, como também para conhecermos mais gente.
Em minha classe havia árabes, tailandeses, espanhóis e belgas. Um dos tailandeses, o Tchan, gostava de conversar comigo e eu também gostava de papear com ele, embora não o achasse tão tchan assim. Ele vivia naquela cidade com uma de suas irmãs e tinha outras instaladas em vários pontos da Inglaterra.
Como José me esperava todos os dias para o almoço e na hora da saída, Tchan achou que éramos irmãos. Surpreendeu-se ao saber que formávamos um casal. Muitas vezes ele nos acompanhou durante parte do trajeto e nestas ocasiões conversávamos bastante sobre as coisas da Tailàndia. Ele explicava, contava como era tudo por lá, falava das comidas, disto e daquilo. Tanto falou das comidas, que José insinuou que nos convidasse para um jantar. O rapaz achou ótima a idéia e acabou convencendo sua irmã, que não conhecíamos, a receber-nos.
Os dois viviam num apartamento amplo para os padrões europeus e quando lá chegamos a mesa já estava posta. Conversamos um pouco com a tailandesinha, que era meio tímida mas risonha, e logo depois ela serviu o jantar. Trouxe para a mesa uma travessa de arroz e outra contendo um picadinho carne moída misturada a um legume verde, exatamente igual à vagem.
Depois que engoli as primeiras garfadas, percebi que algo estranho acontecia comigo, mas não sabia o que era. Pareceu-me que repentinamente ficara resfriada, meu nariz começou a escorrer. Continuei a comer, a carne estava saborosa apesar de um pouco picante. Logo mais, principiei a chorar sem motivo algum, como se houvesse perdido um parente próximo. As lágrimas eram tantas que para continuar a jantar tive que segurar o lenço com uma das mãos e o garfo com a outra. Foi então que os tailandeses contaram sobre o legume verde.
Tratava-se do "chili", pimenta muito usada na terra deles, a qual deixa a malagueta no chinelo. Perto daquele prato, o acarajé das baianas, mesmo "quente", é fichinha.
A noite em casa de Tchan foi simpática, mas saí de lá com a cara inchada. No dia seguinte tive que ir para a escola de óculos escuros, apesar do céu completamente nublado.
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