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Cronicas-->O DONO DO PEDAÇO -- 01/03/2007 - 16:10 (FAFÃO DE AZEVEDO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Consta que a Lagoa Rodrigo de Freitas tem esse nome porque o dito cujo era o dono do pedaço. Não sou admirador de donos de coisa nenhuma, admiro, sim, algumas donas mas aí a história é outra.
Andei pesquisando na Internet e descobri que um tal vereador Amorim Soares, que foi expulso da cidade em 1609, era o primeiro dono (boa bisca não devia ser). Ele havia comprado o Engenho D El Rei do Governador Salema. Com a expulsão, tratou de vender as terras para seu genro, Sebastião Fagundes Varela, que comprou e invadiu os terrenos vizinhos e onze anos depois já era dono de todas as terras da região, até o Leblon (esse então, nem se fala). Mais tarde, a viúva de Varela, Petronilha, de 50 anos, casou-se com o Rodrigo de Freitas, de apenas 18 anos, dando seu nome à lagoa. O cara, que nem era dono, e sim marido da dona, morreu em Portugal em 12 de julho de 1748 e até hoje, passados mais de 250 anos, continuamos a chamá-la de Rodrigo de Freitas. Incrível, não é mesmo? Continuamos não, porque eu prefiro chamá-la pelo seu nome indígena: Sacopenapan, ou seja, caminho dos socós (que é uma espécie de garça).
Mas estou contando tudo isso só pra falar sobre o fascínio que a Lagoa exerce na vida de uma grande amiga minha. Ela é tão paradona nesse cartão postal do nosso Rio de Janeiro que, numa certa noite, bebericando uns chopes no Bar Lagoa, avistou por lá um bem apessoado e simpático rapaz. E como se diz no carnaval de Ipanema: simpatia é quase amor.
A noite foi passando e os dois ali se olhando, piscadinha daqui, sorrisinho de lá, mais um chopinho pra dar coragem, até que o fulano resolveu se apresentar: "Oi, como vai? Meu nome é Fulano de Tal".
De Tal não, Fulano de Freitas foi o que ele disse... e foi o que bastou pra ela se apaixonar. Já saíram do boteco engatados se perguntando mutuamente: no meu ou no seu?
Alguns meses mais tarde a encontramos no mesmo bar, já portando uma bela barriguinha contendo mais um brasileirinho em seu interior. O brasileirinho mais feliz do mundo, segundo ela, pois iría se chamar Rodrigo... RODRIGO DE FREITAS... e cresceria se sentindo DONO desse paraíso.
- Que bacana! - dissemos todos.
- Mas... e se for menina, qual vai ser o nome? - indagou alguém.
Ela deu uma engasgadinha e emendou sem perder a pose:
- Se for menina vai se chamar Marapendi.
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