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Cronicas-->EXERCíCIO PARA UMA CRÓNICA -- 10/01/2000 - 00:17 (Roberto Carvalho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
EXERCíCIO PARA UMA CRÓNICA


A modernidade nos fascina e ao mesmo tempo escraviza. À medida que crescem as opções de lazer - universo de produtos e serviços -, o cidadão torna-se dependentes desses confortos. E o que é pior, se sedentariza, ficando propenso a todos os tipos de doenças da vida moderna. Artrose, reumatismo, asma, alergia, gastrite, cardiovasculares, esclerose, estresse, úlcera e uma série de males causados pelos avanços modernos. O corre-corre do dia-a-dia, a agitação frenética substituíram os hábitos salutares como a pescaria (simples descontração), o ar puro do mato, a lama da chuva no correr das enxurradas - proteção imunológica do organismo animal. Mas, que tipo de animal? Um clone, talvez.
Quem já foi animal, sabe disso? Hoje somos andróides, buscando um clone perfeito. Um ser meio máquina, meio gente - feito da mesma célula, com características modificadas - um monstro deformado e aterrador capaz de devorar o planeta, sem apelação. Depois da ovelhinha Dolly da Escócia, o próximo passo é produzir o ser humano em escala industrial, com uma melhor qualidade, que se possa escolher a cor dos olhos, da pele e, principalmente, o tamanho da inteligência. Aí surge o problema. No Brasil, o sujeito a quem se supõe ser mais bobo, mantém contatos com o além através de fantasmas vivos. Dá nó em pingo d´água, compra fiado e pede o troco, na maior cara-de-pau. Enriquece da noite para o dia, sem dar um prego no batente.
Um clone do senador António Carlos Magalhães é algo improvável: a Bahia não admitiria exportar malandragem para lugar nenhum do mundo. E os cientistas genéticos não arriscariam essa experiência, como medo de reproduzir o embrião da malvadeza, espalhando-o perigosamente por toda a terra. Clonar o Maluf...? Nem pensar. Ele vem de uma linhagem genética perigosa, muito late, mas age por instinto selvagem e luta desesperado pelo poder, como tábua de salvação para saciar sua insanidade mental. Qualquer modificação celular no Maluf pode colocar em risco a população. O Quércia, sim, talvez possa ser clonado, mas a genética ainda não está preparada para realizar tal experiência. É que o DNA do ex-governador é de rato. Daí a explicação porque houve tanto roubo em sua gestão em São Paulo.
Na corrida pela produção de um ser perfeito há iminente risco de se construir organismos vivos incontroláveis capazes de dizimar a humanidade. De tantos cruzamentos forçados, temos figuras anormais, como o Inocêncio de Oliveira, Sarney, Fernando H. Cardoso e uma leva de desequilibrados mentais que dominam o cenário político nacional. Fernando Henrique é o Collor de Mello, desfrutando lá fora o que roubou aqui dentro, onde a roubalheira continua na certeza de vida tranquila montada no dinheiro do povo. Para alguns especialistas, Éfe Agá Cê é uma réplica mal produzida que, sustentada pela mídia, faz-se único na arte de criar ladrão.
Não é por nada não, mas essa vida moderna preocupa. E, não só pelas milhares de doenças perigosas como a AIDS e outras que assolam o mundo, mas corre a preocupação com o que poderá vir por aí, com a clonagem de seres humanos. Inconformada com a falta de informação a esse respeito, tia Otília indaga: "o que sairia do cruzamento do espermatozóide do Tomaz Teixeira com o óvulo de uma cabra leiteira?... Daria, no mínimo, um canibal". Tento explicar prá velha que não é bem assim, os seres humanos, por enquanto, estão fora dessas experiências. Mas, insatisfeita, ela insiste: "o Mão Santa, terá sido desvio assexuado de um camundongo lunático?". "Não, tia. Não! O governador é o produto de um cruzamento normal... Suas deformações físicas e mentais é que são inexplicáveis", justifico, sem convicção. Ela faz que não, com a cabeça, num gesto característico, e fecha-se como um arvoredo.


Roberto Carvalho, jornalista e escritor - Brasília-DF



























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