A cada dia fica mais difícil, a pessoas na minha faixa etária, adaptar-se plenamente aos tempos modernos. Sou de uma época em que as máquinas somente apresentavam problemas que tivessem uma solução baseada na ciência e na lógica. Não que eu seja tão velho, mas, que as coisas andam estranhas, disso não resta dúvida.
Quando eu era ainda criança, já existiam aparelhos eletrónicos, naturalmente. Uma vez constatado um defeito num deles, bastava trocar uma ou duas peças e tudo estava resolvido.
Com o desenvolvimento da informática, porém, esta situação modificou-se muito. Os computadores não são máquinas como as outras, uma vez que possuem, além da possibilidade de apresentar defeitos, a incomum característica, antes exclusiva do reino animal, de adoecer. Hoje em dia, como se não bastasse o grande número de doenças que afetam as pessoas e os bichos, há uma infinidade de vírus que atacam os computadores, apesar de existirem tantos anti-virus, ferramentas para eliminação dos mesmos e toda uma parafernália de protetores, que, teoricamente, servem para garantir, por assim dizer, a "saúde" de nossos computadores.
Hoje faz exatamente uma semana que venho lutando para recuperar o microcomputador da ação de um vírus conhecido como Blaster. Já me utilizei das tais ferramentas de eliminação do referido vírus, já desinstalei e reinstalei o sistema operacional várias vezes, e o tal vírus sempre volta a atacar.
Mais uma vez, lembro-me de minha avó materna, que haveria de dizer: - Era só o que faltava, máquinas que adoecem,. Estamos mesmo no fim do mundo.