Todos mentem, principalmente os governantes. Não mentiram quando disseram que a inflação seria liquidada com um único tiro? Quando instituíram o empréstimo compulsório sobre carros, viagens, combustíveis? Quando disseram que iriam impedir e punir exemplarmente corrupção, negociadas, fraudes e plúrimas bandalheiras?
Os governados por sua vez, vivendo num país mal administrado, sobrecarregado de impostos, taxas et caterva, clamam angustiosamente e são obrigados a se conformarem - não apenas com a própria mentira - mas com a abundància das infrações e dos delitos. No reino da mentira, onde encontrar a salvação?
Técnicos de toda a espécie e de todo saber humano não se consideram aptos para solucionarem as crises brasileiras - e aqui podemos até generalizar -, ou de quaisquer outros países. Por quê? Porque conhecem, mas não aplicam o preceito divino: a verdade vos libertará (veritas liberabit vos).
No frigir dos ovos, porém, não podemos esquecer: governantes e governados somos todos nós. Se todos parassem de mentir e agissem apoiados na verdade, a vida - inelutavelmente -, haveria de melhorar. A prática da verdade, com a renúncia da mentira, deve partir de cada indivíduo pois a sociedade se compõe do conjunto deles. Se habituarmos a agir com autenticidade - observados os preceitos naturais de praticar o bem e evitar o mal - deixaremos de enganar, de prejudicar, de ser desleais, corruptos, criminosos.
Obviamente, não se praticando o mal - inclusive não o divulgando desnecessariamente ou não o endeusando - o bem terá condições de sobrevivência duradoura. Na verdade, tratar-se-á apenas de um problema de despoluição. A ecologia se emprenha em preservar o meio ambiente, o que se entende absolutamente indispensável. Mais importante, porém, é recuperar o homem, que degradado por irracionais filosofias, criou, mantém e não sabe como se libertar do reino da mentira.
Como seria a sociedade se se destruísse o reina da mentira? Maravilhosa: governantes não enganariam governados, governados colaborariam com governantes, patrões e empregados agiriam corretamente, em recíproco e vantajoso relacionamento: famílias voltariam a existir normalmente e permaneceriam unidas e entrosadas na busca do ideal comum. Isto porque separações e divórcios seriam em pequeno número ou deixariam de existir, com o expurgo das mentirosas infidelidades, incompatibilidades et caterva. A nossa salvação e meta, sem dúvida, depara na enigmática mensagem de Jesus: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."
