Aproxima-se mais um Natal, o que me fez pensar nas mudanças que, ao longo dos últimos quarenta anos, ocorreram em relação à data.
No meu tempo de criança, tínhamos em nossa casa um pinheiro natural que, todos os anos, era enfeitado para a grande ocasião. Afinal, trata-se da maior festa do Cristianismo e, além disso, minha avó materna, que morava conosco, aniversariava no dia de Natal.
Passávamos, então, a noite de Natal na casa de um de meus tios, de onde saíamos na madrugada do dia 25. O almoço de Natal era feito em nossa casa. Havia, naquela época, na maior parte dos lares, algo que se costumava chamar de espírito natalino que, lamentavelmente, desapareceu aos poucos. Em quase todas as casas, ouviam-se as tradicionais músicas de Natal, ao som da famosa harpa de Luiz Bordon, em comemoração à data de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Promovia-se, em todos os lugares, uma sincera confraternização, algo natural e franco, que não mais se encontra. Hoje em dia, muitas pessoas, a título de comemorar o Natal, exageram na bebida, envolvem-se em brigas, e a noite de Natal é sempre marcada por acidentes, crimes e tragédias.
Daqueles Natais dos bons tempos, restam apenas lembranças. A todos os leitores, um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de paz e saúde.