Após quatro meses, encerra-se amanhã o prazo para apresentação da Declaração de Isento do Imposto de Renda. E o que observamos ao longo desta semana é que as filas, nas unidades da Receita Federal, são intermináveis, o que me fez pensar acerca do velho costume do brasileiro, de modo geral, e do carioca em particular.
Nosso povo tem o hábito de deixar para a última hora tudo aquilo que tem prazo estipulado, parecendo não se importar com as longas filas e as demais prováveis consequências que possam advir dessa curiosa maneira de agir.
Isso costuma acontecer não só em repartições públicas, como também nos concursos públicos, em que os últimos dias de inscrição são os mais concorridos e por ocasião de datas festivas, como a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc. As compras, frequentemente, são deixadas para a véspera, quando não para o próprio dia das festas.
Nos estabelecimentos bancários ocorre o mesmo fenómeno, sendo que, além de muitas pessoas costumarem ir ao banco próximo ao horário do fechamento das agências, também há, em grande número, aqueles que lá chegam cerca de duas horas antes da abertura. Fica a pergunta: será o brasileiro um aficcionado das filas, um provável recordista mundial de permanência nas mesmas, inclusive com a probabilidade muito grande de figurar no Guiness Book.