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Cronicas-->Promissórias -- 15/09/2000 - 07:57 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje nem tanto, mas até há algum tempo atrás, qualquer pai com filha mulher sempre temia pelo futuro. Dizia-se que era necessário descontar a promissória. Tinha-se medo que as filhas ficassem solteiras, em casa, a dar despesa e chateação. Quem tinha mais de uma então, preocupações redobradas. Agora que sou pai, posso compreender melhor meu sogro que teve três filhas.

É certo que isto vem mudando, mas sempre é bom ficar atento. Outro dia, a título de investimento, um amigo ofereceu um almoço para a família do namorado da filha. Todos disseram que foi a pedido da própria filha que desejava retribuir as inúmeras gentilezas de que é alvo.

Optaram por um churrasco, uma vez que o meu amigo, além de gaúcho, é excelente assador. A moça fez os convites. Pai, mãe, cinco irmãs sendo três casadas, uma noiva e outra com namorado, duas tias e quatro primas. Dizem que são formadoras de opinião. Ao todo foram vinte adultos, trinta crianças e dez adolescentes. Dada a fama do churrasqueiro e a idade do namoro, todos confirmaram. Ninguém sabia ao certo o porque de um almoço assim, formal, oferecido à família, mas evidentemente algum comentário deve ter passado junto com as conversações sobre que roupa colocar.

O alvo, digo, namorado, por ser muito tímido, por pouco não falta. Foi um esforço convencê-lo, parecia mesmo que ele desconfiava dos objetivos reais do encontro. Depois de muita explicação, alguma chantagem e uma ou duas lágrimas ele acabou concordando. Na última hora cancelaram os convites às pessoas que não as da família dele, o que foi fundamental. Havia que deixar o rapaz totalmente à vontade. O próximo desafio seria então, fazê-lo dar-se conta que não haveria melhor oportunidade para que ele propusesse algo em relação à moça. Mas como fazê-lo? Deixar cair uma aliança sobre o sofá de modo que fosse obrigado a apanhar antes de sentar? Muito óbvio? Oferecer um bolo de dois andares, como os de casamento? Meu amigo e sua mulher capricharam nos preparativos de modo a garantir o sucesso do evento. Enquanto faziam os preparativos, imaginavam o futuro.

Chegado o dia, foram quilos e quilos de boa carne, linguiça e aperitivos. Cerveja farta e algum uísque. Conversa agradável, comentários variados. De vez em quando, um silêncio e com ele grandes expectativas. Tudo perfeito. Em vão, infelizmente.

Paciência, quem sabe outro dia.


Escrito em 07.08.2000
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