Na vida praticamos atos banais e importantes. Automáticos, instantàneos, pensados, impensados, prazerosos, sofridos, responsáveis, irresponsáveis, bons, maus etc. E quando o fazemos - como adultos responsáveis -, optamos. Optamos, exemplificativamente, por acordar ou continuar dormindo, estudar, trabalhar e assim por diante. Em determinadas fases da vida as opções são muito importantes, pois temos de escolher a carreira a seguir, o estado civil, o tipo e o local de trabalho etc.
Essa opção constante, nada mais é do que a decantada liberdade, definida por São Tomás de Aquino com "a faculdade eletiva dos meios, respeitada a ordem dos fins" (facultas electiva mediorum, servato ordine finis) que nós outros, habitantes do mundo ocidental, graças a Deus, sempre gozamos. A dificuldade do assunto reside no abuso da liberdade e das desastrosas consequências de tal atitude. E por que o abuso? Provavelmente por termos assimilado a noção errada - impingidas por terceiros interessados e inocentes inúteis (os mui amigos) -, de que a liberdade consiste em fazer tudo o que desejamos. Já exemplificamos em outras Cronicas que não podemos optar por coisas más, como consumir drogas, violar leis de trànsito ou da gravidade etc. (não temos essa liberdade) e aí deparamos com as principais razões porque a vida moderna é considerada tão perigosa e cheia de desencontros e desenganos. O cidadão descompromissado, sem religião, sem fam´lia, sem trabalho, amargurado com a existência, frustrado, doente física ou psiquicamente ou com um pouquinho de todos esses elementos desagregadores dentro da própria estrutura orgànica, torna-se eventualmente um delinquente detestado, mas comumente inserido na sociedade dos nossos dias...
Uma vez que a opção é constante - porque a liberdade é apanágio dos seres racionais -, devemos exercitá-la no encalço das grandes realizações, dos elevados ideais, pois está escrito "buscai e achareis" "pedi e vos será dado". O mundo vai mal porque as opções constantes - da grande maioria -, são para os prazeres proibidos, negócios ilícitos ou escusos, sendo que a marginalidade comprometedora se encastela na falsidade, na ilusória mentira. Se a maioria da população optasse pelo bem, pela verdade e pelo justo, a almejada modernidade seria, inelutavelmente, alcançada em breve. Se nos conscientizarmos que precisamos dar o ponto de partida e fizermos tudo ao nosso alcance, optando frequentemente para o bem - inclusas portanto, as atitudes que engrandecem o ser humano -, estaremos, sem dúvida, nos elevando e trabalhando para a solução dos problemas que afligem a sociedade atual.