Usina de Letras
Usina de Letras
40 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63159 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10656)
Erótico (13589)
Frases (51649)
Humor (20171)
Infantil (5588)
Infanto Juvenil (4932)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141277)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6349)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Roubar letras, quem diria! -- 11/09/2000 - 20:03 (Maurício Cintrão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Muita gente gosta de ler os bons textos que aparecem na Internet. Com certeza, há gente boa escrevendo por aí. Essa é uma das grandes vantagens da Rede. Ela oferece espaço para que novos autores mostrem seus trabalhos.

O problema é que a mesma facilidade de exibição também cria um novo universo de leitores, desacostumados ao ritual de respeito ao direito autoral. É cada vez maior a reprodução indevida de trabalhos literários pela Internet.

É certo que muita gente o faz com a maior boa intenção. Copia-se um bom texto para mostrar a um amigo ou parente. É gostoso saber que gostaram de um texto meu, por exemplo. Acho que com outros autores também é assim. Porém, muitos reproduzem textos sem citar a fonte, ou seja, o nome do autor e o endereço eletrónico de onde foi extraído o texto.

Nesses casos, uma boa campanha de esclarecimento ajuda. Afinal, ninguém está querendo prejudicar ninguém. Esclarecidas as partes, a tendência é que a citação da fonte seja cada vez mais comum.

O problema é quando sanguessugas literários usam os textos alheios com o objetivo único e exclusivo de se passar por autores. Aí é grave. Esse tipo de atitude configura-se em roubo de propriedade intelectual. É passível de processo. E os autores precisam aprender a processar esses ladrões.

Tenho visto com certa frequência textos reproduzidos por ladrões de letras. Isso é calhorda, nojento e revoltante. Pois para aqueles que roubam textos alheios, vai um recadinho.

Roubam-se letras, mas não levam-se os sonhos. Ninguém pode sonhar o que sonhei, ninguém pode sentir o que senti. Porque sonhos e sentimentos são únicos.

Ardis larápios não podem incorporar experiências intransferíveis.

Roubam-se letras, mas não levam o amor que nelas foi pousado. Quem escreve ama cada palavra, apesar de não ter inventado as letras. Ama o próprio trabalho como também aprende a amar o trabalho alheio.

É um amor incontrolável, paixão adolescente que amadurece em leituras.
seus dedos, que moldaram esse carinho. Isso ninguém pode negar.

Roubam-se as letras, pois, mas não levam os sentimentos cuidadosamente traduzidos em orações lógicas e bem feitas. Tomam a embalagem mas não podem tocar no conteúdo. A forma jamais substituirá a essência. Jamais.

Roubam-se letras e palavras, mas não respiram o ar de quem as fez. Conspurcar direitos não dá direito a nada, nem a respirar.

Quem rouba letras, é ladrão que nada rouba. Pois letras roubadas são areia que se esvai por entre os dedos. Ouro de tolo com direito a cadeia.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui