Somos obrigados a aceitar todos os impostos, pois a própria palavra diz que se trata de uma imposição , não de uma faculdade opcional. Mas, não pretendo abordar o assunto tributário, penoso, desgastante , controverso, haja vista a imposta declaração de renda, inobstante o cidadão - a maioria das vezes- já tenha sofrido o desconto na fonte , ou seja, naquele exato momento em que estava matando a própria sede.
O que desejo escrever, nesta fabulosa tarde de sol em que todos podem estar passeando ou grudados na tevê vendo futebol ou assistindo filmes é que a grande maioria aceita tudo que é imposto pela sociedade. Do próprio imposto não pode fugir , porque é coercitivo, impregnado de sanções, mas da imposição das modas, das atitudes, dos comportamentos e assemelhados, deve aceitar tudo como carneirinhos conduzidos para o abrigo ? Esse é o questionamento; porque a revista eletrónica (tevê), encontrada em quase todas as casas , dita normas sobre o comportamento humano exclusivamente de ordem material , sem quaisquer responsabilidades sobre o aspecto sobrenatural - que considera subjetivo e absolutamente pessoal.
Essa revista eletrónica é de lazer, por isso mais perigosa, pois todos a folheiam despreocupadamente e os espíritos inocentes - crianças e jovens adolescentes - podem aceitar as suas reportagens, fotos e noticiários como corretos , quem sabe servindo como modelos a serem imitados. A invasão e destruição de escolas, os crimes perpetrados por adolescentes e jovens, com a liberação precoce da vida sexual (acarretando a gravidez indesejada e a destempo), o narcotráfico abundante e mortal, não são e foram estimulados fartamente pela càndida e apreciada revista eletrónica ?
De outro lado, a educação escolar e a formação religiosa que também sempre foram impostas, se abrandaram por diversas razões. Pode-se culpar os dirigentes da sociedade que não cuidaram como deviam do aspecto educacional : ao invés do progresso económico constituir sempre a bola da vez (construindo estradas, usinas, prédios), ditos dirigentes precisariam deslocar sentidas verbas para o aumento do magistério (em número, numerário, qualidade), salvaguardando, de vêz , a educação infantil e juvenil. A carente formação religiosa tem sua justificativa na imensidão da messe e carência dos operários.
No começo do século XX impunham-nos obrigações escolares e religiosas tidas como pesadas. A coisa foi se abrandando no meio do século e com o surgimento da horda hippie, Woodstock, a revolução da Sorbone (é proibido proibir), o fim do século acaba nessa bandalheira geral: sexo liberado, pedofilia, homossexualismo, lebianismo, nudismo, tudo, tudo, cercado de violência, drogas, insegurança, temor. Estamos ou não aceitando o que nos é imposto ? A revista eletrónica dominical mais afamada, em reportagem sobre o temor de sair à noite nas grandes cidades (30-1), não informou que "moderna mamãe" tornou mais aconchegante o quarto da filha para ela "ficar" com o namorado?
Não há necessidade de se conclamar a sociedade para reagir ?