FALTA DE HUMANIDADE
Autoria: Poeta Repentista Louro Branco
Numa certa região, por manobra do destino,
um chofer de caminhão acidentou um menino,
sem necessitar vingança, a coitada da criança,
com esse acidente horrível, perde sangue, geme e chora,
mesmo sem morrer na hora, ficou irreconhecível.
O chofer de confiança, pelo caso casual,
socorreu logo a criança, levando-a ao hospital
falou com um enfermeiro, que lhe respondeu grosseiro,
lhe dando pouca atenção, sem olhar nem pra o menino,
Dr. Anibal de Aquino é quem está no plantão.
Chamou o Dr. Urgente, o mesmo não comparece,
dizendo esse paciente terá INPS?
Não tendo posso atender, mas quero primeiro ter
informações responsáveis, antes de tocar nem nele,
quero saber se o pai dele tem condições favoráveis !!
Se sentindo muito mal, o chofer disse: “sei não,
bati nele casual, mas nem sei os pais quem são,
não sou daqui sou de fora, o senhor atenda agora”,
o Dr. falou foi rindo, “Mesmo que haja desgraça,
eu não trabalho de graça, nem Deus do céu me pedindo.”!!!
Doente como já vinha, sem um tratamento ter,
a podre da criancinha foi tratando de morrer,
o chofer agoniou-se, temendo que depois fosse
preso no mesmo local, correu que bateu a porta,
deixando a criança morta num banco de hospital.
Mediante o triste drama, o enfermeiro incapaz
botou o corpo na cama, ficou aguardando os pais,
dizendo: “A família vem, não vou avisar a ninguém,
já que o Dr. nem olhou, deixo no isolamento”,
naquele mesmo momento, o telefone tocou.
O enfermeiro dali atendeu a voz foi essa,
“Por bondade chame aí Aquino com toda pressa”,
o Dr. falou: “ Quem é?”, a voz respondeu : “Zezé”,
sua esposa que lhe faz, ciente um acontecido,
nosso filho está sumido, tem duas horas ou mais !
Pelo caso acontecer, alguém já tinha sabido,
muita gente sem saber quem bateu nem foi batido,
o Dr. ficou vermelho, desligou o aparelho,
correu em busca da porta, pra ir em casa vexou-se,
mas antes de ir lembrou-se, de ver a criança morta.
Com a alma sem conforto, o Doutor no empecilho,
ao ver o menino morto, gritou chorando: “É meu filho !!!
paguei pela minha língua, coitado morreu a míngua,
se eu tivesse o atendido, com caridade e com fé,
quem sabe podia até meu filho não ter morrido”!!!
A mamãe fez igualmente ao papai não conformou-se,
nem seus irmãos finalmente, toda cidade abalou-se,
pra os manos dura surpresa, pra os pais eterna tristeza,
filho na eternidade, o prazer fez uma pausa
unicamente só por causa da FALTA DE HUMANIDADE !!