DESAFIO: Dantas x Virgolino (III)
José de Sousa Dantas, em 07/12/2006
VIRGOLINO
Vem amanhecendo o dia,
o cansaço está chegando,
DANTAS, mais jovem, cantando
sem enfado, com energia,
prova-se imbatível na poesia,
vi chegada a minha hora
de dar adeus e ir embora,
recolher-me ao meu ninho,
sair dessa de fininho,
levar paulada? Tô fora!
DANTAS
Num DUELO se arvora,
se exalta e se aquece,
se agita e se aborrece,
mas toda torcida adora,
pula, vibra, comemora
o desfecho da contenda,
acalorada e tremenda,
onde tem um ganhador,
e cada espectador
nos brinda com a COMENDA.
VIRGOLINO
Entrego o troféu a DANTAS,
com certeza, merecido,
de cordel grande entendido,
suas poesias são tantas,
nem ele saberá quantas
boas obras escreveu,
afinal, DANTAS bebeu
a água limpa da cultura
de Pombal, terra madura,
onde estudou e aprendeu.
DANTAS
VIRGOLINO recebeu
um prêmio pela porfia,
essa mesma cortesia
de pronto me concedeu,
a COMENDA se ergueu,
o leitor está contente,
satisfeito certamente,
pelos frutos desse embate,
e espera que cada vate
volte à luta brevemente.
IVAN KLASS emite sua nota:
Eu parabenizo a meta
Que os dois poetas têm,
Se ZÉ DANTAS vale cem
Por sua margem correta.
VIRGOLINO, este poeta,
Não muda de endereço.
Aqui, com o meu apreço,
Eu forço a língua que fale,
Que, se cem, ZÉ DANTAS vale,
VIRGOLINO, o mesmo preço !