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Cordel-->Proziano cum o dotô (com resposta) -- 20/04/2006 - 18:22 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Prozeano cum um dotô
Por Marina 12/04/06
(setilha)

Sei que estou de castigo
Sem teu cordel receber
Porém com nova porfia
Quero lhe surpreender
E por ser muito teimosa
Eu inventei essa prosa
Pra você me responder.

(décima)

Eu sô da zona rurá
Seu dotô vai descurpano
Do jeito d’eu i falano
Mas ancê num leve a má
O dotô pôde estudá
E sabe fala bunito.
Meus modo é isquisito
Meu jeito é de grossêro
Tenho meio destempero
Desconféi igual cabrito.

Só quero é proseá
Cum argúem de sabença
Apesar das deferença
Seu dotô me entenderá
Quero me desabafá
No meu jeito de matuto
Perdoe, num tive istudo
Mau sei lê i iscrevê
Mas a mensage sê pode vê
Causo qu’ela já diz tudo.

Ando mei procupado
Com o que vem assucedeno
Vejo esse mundão morreno
E nóis sendo os curpado
Que o clima destemperado
É dona de nossas mão.
Nem mermo as prantação
Acha força pra vingá
Pois o sol vem castigá
Torriscano nosso chão.

Inté mermo pra trabaiá
Tem qu’escoiê hora certa
Pois o calorão aperta
E mermo sem s’esforçá
A gente pega a suá
Feito tampa de chalêra
Qui sem era nem bêra
O cabôco da tontura
Qui cum tanta esquentura
Só se anda de cancêra.

Já chegô nus meu uvido
Que a causa de tanta... ufa!
É um ta efeito istufa
E o causo é garantido
Pois o povão tem vivido
Muitos dias de inferno
E quano chega o inverno
Às veis é iguá a verão
Parece que a climação
Virô pros tempo moderno.

Diz qui pra nóis ajudá
Tem que corrigi os defeito
Pra acabar esse efeito
E as coisa miorá
Nois num pode arriscá
Dexano tudo as mingua
Que s’essa ferida de íngua
Nois qui vai senti a dô
Nossa ação é de valô
Num pode morrê na língua.

As razão da natureza
A gente num pode tirá
Nóis tem é que trabaiá
Com sabença e destreza
Cuidano de nossa riqueza
Pra vencê os desafio
Teno um futuro de brio
E fartura nas roça
Felicidado na paioça
E miora pros nosso fio.

Ancê meu amigo dotô
Home sero e estudado
Tem mió palavriado
Pra expricá sim senhô
Entonce peço o favô
Ancê que é astuto
Escreva pr’esse matuto
Fala desse efeito danado
Diz qualé os cuidado
Contra o que é farjuto.

Respondeno um matuto
chêi de sabênça. (sabeduria) – (décima)
Por Airam Ribeiro 18/04/06

Adoro eça linguage
Eça que ancê iscreveu
Cê sabe bem quanto eu
Até te faço u’a omenage
Digo aqui de passage
Tu é um matuto de sabença
Das palavra tem ciença
Iscreve carta i biete
Sabe iscondê o leite
Cum eça sua inteligênça.

Dispois qui foi aparecê
As paraibóicas na roça
Cum nuvidade na paioça
De geladera e anté TV
Pra as nutiça pudé tê,
E as image disso e daquilo
As moda cuns us istilo
Di sigunda inté a sexta
Num tem mai matuto besta
Ele agora ta tronquilo!

É cum mutio prazê
Qui a ti arrespondo
As tuas orde me pondo
Para o qui querê sabê
Digo para vosmicê
Tudim qui me priguntá
Digo no meu naturá
E no meu palavriado
Tudo qui tenho istudado
Cê tombém istudou iguá.

Adiquirí minha sabênça
Labutano neça lida
Pruquê neça minha vida
Adiquirí a inteligênça
Basiado ni minha crênça
De cê bom arrespeitadô
Tratano as pêçoa cum amô.
Nas istrada qui andei
Nunca eça coisa achei
U tá deproma de dotô.

Proziano cum um dotô?
Me acho qui tu num tá!
Sou do tipo originá
Tombém um matuto sô
Nessa cidade sei qui tô
Mas é cronta a vontade
Aqui tem mutia mardade
Quiria memo é ta na roça
Imbaxo de minha paioça
Curtino u’a filicidade.

Os povo aqui só polui
Êçes fi d’uma num sei o quê
Ói eu conto pra vosmicê
São uns bando de satanais
É coisa qui num se fáis
Onde é qui já se viu!
Elis anda sujano os rio
Dizeno qui é o pogréço
Mas iço e mutio preveço
São mêmo é um bando de vil.

Sabe matuto sabido
Qui mora na zona rurá
Esse seu jeito de falá
Mutio aléga minha vida
Neças andança a lida
Mutio me incinô.
Em cada canto qui vô
Sempre falo de ancê
Eu digo é pra ocê sabê
Da aligria qui eu tô.

Num tô te dano castigo
Nessa noça cordelança
É qui eça noça dança
Pricisa de ter abrigo
Pois pode corrê pirigo
Da priguiça incostá
Intonce pra amiorá
Logo qui tu arrecebê
Trata logo de arrespondê
Para os paço se acertá.

Nóis adiquere sabença
È ni cada trabaio fêtio
Tudo só fica perfêtio
Ancim diz a ciênça
Pra nois tê isperiênça
Cada veiz qui a gente fáis
É qui a gente aprende mais.
Intonce tu num pode pará
E jogano a priguiça pra lá
A nóis dois só sastifais.

Tô cuntigo cuncordano
Neça quintura danada
Niço inté as quemada
Qui os mato vai quemano
Fáis as fumaça i subino
E pra donde tá ino?
Vai subino sem pará
Pra bem mai isquentá
E mudá nóço distino.

Nóço distino é pená
Nas garra do pogréço
Esse troço prevéço
Qui a todos qué matá
I tudim sem interrá.
Ta mudano as estação
Ta fazeno frio no verão
E quintura no inverno
Qui a vida vira um inferno
Sem os home jeito dá.

As fábrica sorta fumaça
Os carro no chão tombém
Nacê na terra num cunvém
Pois ela tá uma disgraça
E num vejo nação qui faça
Esse quadro arrevertê
Pra mode nois sobrevivê
Só Deus pode ajudá
Mandá os qui pólui pagá
Tudim o qui merecê.

Us Istado Zunido num qué
Fazê parte do dicreto
Qui diminói o gáis de certo
Mas elis só fais aranzé
Neça questão num é fié
Pença ni sua icunumia
Sortano gáis todo dia
Qui fédi iguá certa bufa
Mexe cum efêtio istufa
Omentano a caluria.

Os home tão se distruino
Já tem cânce apareceno
Nas criança nasceno.
Eu condo era minino
Via meu vô Belarmino
Dizê pra seu Remundo
Qui era no fim do mundo
Qui tudo ia aparecê.
Ta tudo aí pra nois vê
Os malis qui ta imundo.

Temo mutio qui rezá
Cada quá na sua crença
E eça é a sabença
Qui di minha mãe fui erdá
Temo qui o mundo cuncertá
Mutia árvore i prantano
Saí pur aí tudo limpano
E vencê tombém o disafio
De nois limpá os rio
Pra num cê um disumano.

Eu penço qui só ançim
Eçe mundo será mió
Vou cumeçá por mim
Dano na sujeira um fim.
E num vou fica só
Vou xamá os povo das rua
Pra qui a luta cuntinua
Qui é para o nóço praneta
Ficá bunito i porreta
Iguá o mundo da lua.

Eu na visão istudada
Já tô veno acuntecê
A natureza cê podi vê
Ta ficano revortada
Aumentô as truvuada
E os tufão apareceno
No Brasí ocêis tão veno
Mutia coisa acunteceno
E digo pra vosmicê
É a natureza devorveno.

E em cada agreção
Qui nóis fais cum a natureza
Eu te digo cum franqueza
Qui né cunverça fiada não
Nois vamo vê meus irimão
A natureza nos cobrá
Cu’as tempestade de daná
Já tamo veno tornado
Aqui já pru nóço lado
Fazeno tudim revirá.

Minha vovó já dizia
U qui se pranta se coile
E a coieta num é mole
Pra o mal simiado no dia
Acaba cum toda uma aligria
Pra quem num sôbe prantá.
Devemo inton biservá
E prantá boa simente
Pra que a natureza, da gente...
Num vêiã nos cobrá.

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