Usina de Letras
Usina de Letras
45 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63156 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10656)
Erótico (13589)
Frases (51642)
Humor (20169)
Infantil (5587)
Infanto Juvenil (4930)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141277)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6347)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->BOBO DA CORTE -- 04/02/2006 - 17:19 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BOBO DA CORTE

Eu sou pessoa pacata,
Filho forte de Yemanjá,
Nunca nego minha nata,
Nem pra ficar sem maná
E sambar um rococó;
Bolo-tó, bolo-tó-bó,
Eu sou eu e o que que há?!

Mas como tem gente chata,
Isso é aqui e acolá,
Quanta pessoa insensata!
Tô que tô, tu tá que tá,
Canário vence curió;
Bolo-tó, bolo-tó-bó,
Eu sou eu e o que que há?!

A vida não é barata,
O baratão só tem lá,
Onde Judas é uma errata
E se espicha no sofá,
Na garganta dando um nó;
Bolo-tó, bolo-tó-bó,
Eu sou eu e o que que há?!

Falta lhe faz uma gata
Àquele gato angorá,
Solidão lhe é ingrata,
Ele arranha o jacá
E lhe acode Pai Jacó;
Bolo-tó, bolo-tó-bó,
Eu sou eu e o que que há?!

Entraram os dois na mata,
Na certa foram naná,
Ela entregou-lhe a lata,
Ele lhe deu o cará,
Ambos fizeram xodó;
Bolo-tó, bolo-tó-bó,
Eu sou eu e o que que há?!

Logo ali há uma cascata
E ao lado um pé de ingá,
No céu um luar de prata
Da meia lua de Alá,
Iluminando o pó;
Bolo-tó, bolo-tó-bó,
Eu sou eu e o que que há?!

Quem vem ao mundo de bata
Considera-se um Rajá,
Por isso dá de chibata
Até mesmo na babá
E dela nunca tem dó;
Bolo-tó, bolo-tó-bó,
Eu sou eu e o que que há?!

Diante duma mulata,
Vi sem cabeça o Mulá,
Que afrouxou a gravata,
Deu o mundo ao deus-dará
E esticou o cipó;
Bolo-tó, bolo-tó-bó,
Eu sou eu e o que que há?!

Participei de passeata,
Gritando olé, olá,
Fui preso, fez-se uma ata,
E encontrei meu xará,
Chorando no xilindró;
Bolo-tó, bolo-tó-bó,
Eu sou eu e o que há?!

Contei-lhes uma bravata,
Piada de um marajá,
Mas a vergonha me mata,
Pois risada ninguém dá,
Pensando que sou bocó;
Bolo-tó, bolo-tó-bó,
Eu sou eu e o que...que há...?!



BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benedito.costa@previdencia.gov.br
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui