Chapéus, bolsas e esteiras feitas
De palha de carnaúba, tecidas,
Perneiras de curo que deixam
As pernas do vaqueiro protegidas,
Tudo isso é artesanato popular
Das povoações distantes, perdidas.
Balaios, cestas e caçuás
Feitos com cipós trançados
Potes, panelas, pratos e aribés
Feitos com barro amassado
Tudo isso é artesanato popular
Do meu querido estado.
Santos de umburana
Da cidade de Ibimirim
Redes e mantas de algodão
Com uma beleza sem fim,
Tudo isso é artesanato popular
Agradável a você e a mim.
Rendas de bilro, renascença
Crivo, ponto cheio, frioleira,
Ponto atrás, rendedê, caseado
Mostram o valor da rendeira
Ainda tem labirinto e filé
Todas rendas de primeira.
Tapeçarias de caroá
Tançados feitos com sisal
Bolsas e cintos de couro
Esculturas de metal
Cerâmicas figurativas
Tudo isso e artesanal
Roupas de fibra de catolé
Colares de plumas e semente
Objetos de palha de ouricuri
Mostram a beleza latente
Do artesanato indígena
Que encanta muita gente.
(*) poeta da caatinga. Autor de livros de poesia. Natural de Floresta-Pe, onde reside. Deficiente físico. Preenche sua existência escrevendo versos que falam da sua terra e sua gente. Quem quiser obter seus livros, escreva para:
Rua Clávio Menezes, 01 – santa rosa- Floresta-Pe.
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