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Cordel-->Os Nossos Silêncios -- 23/03/2005 - 18:26 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Os Nossos Silêncios
(por Domingos Oliveira Medeiros)

O silêncio do início
Assim foi considerado
Era o primeiro silêncio
O silêncio esperado
O amor que se previa
A paixão que acontecia
Eu estava enamorado

Quase nada se falava
Quase tudo se dizia
Entre olhares calados
O amor acontecia
Eram gestos carinhosos
Afagos bem generosos
Era tudo que se ouvia

E o tempo foi passando
Nosso silêncio aumentava
Não se ouvia barulho
Só o amor escutava
Nossas mãos entrelaçadas
Conversas eram trocadas
Na paz que ali reinava

Era o silêncio sadio
Do desejo e da alegria
Dos que se gostam e se amam
O silêncio de quem confia
O silêncio que se consente
O silêncio do amor presente
O silêncio que se vivia


E assim eram as noites
Eternas, silenciosas
Juntos, ali trocávamos
Confidências amorosas
Quando ouvimos rumores
De mágoas e dissabores
E de questões duvidosas

Até que veio o silêncio
O silêncio inexplicável
Sem gestos e sem flores
Silêncio injustificável
O silêncio doentio
O nosso amor por um fio
O calar insustentável

O silêncio que incomoda
O silêncio indiferente
Silêncio ensurdecedor
Que explode dentro da gente
O silêncio quase total
Um silêncio terminal
De um grave paciente


Silêncio de quem ouve mal
Disfarça e esconde a verdade
Silêncio sem trégua e sem forma
E que antecipa a saudade
Barulho que se faz presente
Em cada gesto da gente
Repleto de falsidade

Foram tantos os silêncios
Durante a nossa amizade
E agora que se despedem
Vão deixar muita saudade
Sejam silêncios berrantes
Sejam silêncios falantes
De mentiras e verdades

Teve o silêncio do sim
E o silêncio do não
De quem contemplava o fim
O silêncio da separação
O silêncio pragmático
Um calar enigmático
O silêncio sem perdão

Teve até o mais cruel
O silêncio sem retrato
O silêncio indiferente
O silêncio sem recato
O silêncio que entristece
O silêncio que arrefece
E o que se sente no ato

Mas de todos os silêncios
Um só eu guardo comigo
O silêncio do teu corpo
Da visão do meu abrigo
Minha paixão foi sincera
Calado, fico à espera
Do me tornar seu amigo

Reconquistar seu amor
Consertar o mal -entendido
Abrir o peito e gritar
Como estou arrependido
Por tanto tempo calado
Tanto amor desperdiçado
Por tanto tempo perdido





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