Usina de Letras
Usina de Letras
24 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63262 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10693)
Erótico (13594)
Frases (51783)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4954)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141322)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6358)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->O dia que Capanguinha driblo a morte -- 09/11/2004 - 21:55 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O dia que Capanguinha quis enganar a morte
Por Airam Ribeiro
31/10/04

Capanguinha na cidade
Tinha mania de valente
Mas corria feito um doido
Com medo da dor de dente.
De onça braba então
Borrava até o calção
Ficando até doente.

À noite no cemitério
Nunca tentou ele entrar
Pois o medo de defunto
Era mesmo de daná
Nunca foi numa praia
Com medo do peixe arraia
Levar-lhe para o mar.

Certa feita o medroso
Sentiu a morte chegar
Numa febre que teve
Ela mandou lhe avisar
Que era naquele dia
Que ela gostaria
De Capanguinha levar.

Ele falou pra mulher
A morte eu vou tapear
Vou lhe pregar uma peça
A ela vou enganar
Vou entrar neste caixote
Não vou dar meu cangote
Pra morte nenhuma cortar.

Quando a morte apareceu
Na casa de Capanguinha
Ele mais que depressa
Correu logo pra cozinha
Um caixote ele pegou
Abriu e nele entrou
Respirando da gretinha.

Com medo da dona morte
A mulher quis tapear
Oferecendo um café
Pra dona morte tomar
Os dois foram à cozinha
Já era de tardezinha
O sol começando entrar.

Então a morte falou
Onde está o Capanguinha
Eu prometi lhe levar
Nesta noite deste dia
Nem que a cobra dá o bote
Vou sentar neste caixote
Já está vindo à noitinha.

E nas tabuas do caixote
Começou a furar
E falando bem mais alto
Não parando de resmungar
Ele me falhou no trato
Acho isso muito chato
Mas ele eu vou esperar.

Ao furar o caixote
Com a foice amolada
No cangote do coitado
Foi dando as foiçadas
E a morte sempre dizia
Hoje eu levo Capanguinha
Nem que vem a madrugada.

De tanto furar o caixote
Capanguinha viu a morte
Ela não esperou foi embora
Dizendo que levou um trote
E no caixote Capanguinha
Era mais um que à noitinha
Morreu sem ver a sorte.

Não adianta fugir
Não vai existir lugar
Ninguém engana a morte
Ela vai onde ele está
Sua foice é boa de corte
Corta qualquer cangote
Do ar, da terra e do mar.

Site www.usinadeletras.com.br
E-mail airamribeiro@zipmail.com.br















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui