Seu moço, existe uma estrada
Dentro do meu coração
Tem uma porteira fechada
Aprisionando um refrão
E um vaqueiro aboiando
Cuida do gado canção
Num canto chora uma viola
Uma toada estradeira
Se um cantador faz repente
Outra viola ponteia
Meu coração vira festa
E escancara a porteira
- e um xote acende a fogueira
E olha que coisa tão linda
Nem carece lampião
Só os ói dessa menina
Alumia esse salão
E bota pra rodar
Meu agreste coração
E bota pra rodar
Meu agreste coração
O fole vai gemer
Nas quebradas do refrão
O suor vai correr
No calor dessa paixão
Deixa se espalhar
Meu agreste coração
Deixa se espalhar
Meu agreste coração
- que o povo quer girar
e se incendeia com um baião
Do álbum "Vagalume", de Aroldo Galindo
Paulo Guimarães: violão 12 cordas, baixo,
back vocal/ Lacerda: sanfona/
André Sousa: violão/ Dudu: zabumba/
Tadeu Guimarães: bateria, triângulo, ganzá/
Aroldo Galindo: voz
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* O pernambucano Aroldo Galindo é escritor,
poeta e compositor.