CORDELEIROS DO BRASIL
José de Sousa Dantas, em 23/07/2004
Quem tem vocação se inclina
a fazer a sua arte,
contribui com sua parte,
promove, engrandece, ensina.
Aos poetas da USINA,
faço observação,
use rima e oração,
métrica e poder de contista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.
Quem milita nesse meio,
deve procurar fazer
o seu verso pra valer,
sem se apegar a rodeio,
para servir de esteio,
de luz, de base e lição,
cumpra a sua obrigação,
para alcançar a conquista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.
Quem gosta de elaborar
verso, poema, cordel,
tem que ser firme e fiel
ao tema e metrificar,
a arte valorizar,
mostrar sua produção,
sublime e com perfeição
no melhor ponto de vista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.
Um verso bom e bem feito
faz gosto a pessoa ler,
se espelhar e defender,
merece todo respeito,
o autor cresce o conceito,
adquire projeção,
recebe premiação,
destacando-se na lista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.
Procure se expressar
com versos de qualidade,
seguindo a modalidade,
para o povo apreciar,
quem sabe, pode criar
na mais doce inspiração,
sua bela descrição,
tornando-se um folclorista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.
CORDELEIRO DO BRASIL,
contemple, se inspire e faça
seu verso com fé e raça,
dentro do melhor perfil;
seja sensato e gentil,
poético de formação,
talentoso na missão,
criativo e otimista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.
Militantes do CORDEL,
Manezinho, Lumonê,
Rubens, Airam, JB,
Suco, Torre, Daniel,
Graça, Caldas, Manuel,
Malubarni, Gedeão,
Braga, Accioly, Galvão
e Geraldo, repentista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.
Almir, Vicente, Rubenio,
Domingos e Generoso,
Roberto, Jorge e Cardoso,
Egídio, Randap, Stênio,
Daudeth, que é um gênio,
em qualquer composição,
Milene, Aline, Assunção,
Socorro, Ivone e Batista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.