O cara é bom companheiro,
Detentor de simpatia,
Mas se Vô visse, diria:
-Êita! Cabôco estradeiro!
Quietinho, igual um mineiro,
Mas lábia de magnata,
Se cair na sua mata
Não escapa nem arara,
De besta, só tem a cara;
De burro, só a chibata!
O seu currículo é cruel,
Maior que o de Casanova,
Já "papou" a Ivanova,
Iva, Ivone e Isabel,
Rosa, Ritinha e Raquel,
Raíssa, Rose e Renata
E ainda amassou a "lata"
Da coitada da Najara,
De besta, só tem a cara;
De burro, só a chibata!
Pra ele não tem branquinha,
Loira, amarela ou "negona",
Debaixo da sua lona
Qualquer piaba é sardinha;
Pois o nó da sua linha
Nenhuma presa desata,
Pois mais que ela se bata
Não enverga a sua vara,
De besta, só tem a cara;
De burro, só a chibata!
As mulheres de idade
Que passaram dos cinqüenta
Mas que possuem a "pimenta"
Do fogo da mocidade,
Ele, com facilidade,
Embarca em sua fragata,
Se pular, ele arremata,
Se ficar, ele "encoivara",
De besta, só tem a cara;
De burro, só a chibata!
