Era só o que faltava,
Diria a minha avó,
Se pudesse ver o nó
Que deram na nossa brava
Terra, que não contava
Com gente tão enrolada
Tomando conta de nada.
É mesmo de lamentar
Que se precise agüentar
Toda essa trapalhada.
Quem tinha emprego, coitado,
Hoje está a ver navios.
Foi vítima dos desvarios
E ainda foi enganado.
Agora, desempregado,
Não sabe o que fazer
Pra conseguir-se manter.
Fica, então, arrependido
Do voto que deu, iludido,
A quem não soube merecer