Só quando um verso termina
Numa rima bem sonada
Bem nesse final de estrofe
Na próxima continuada
No som dessa mesma rima
Continua o mesmo clima
Nessa rima encadeada.
Perceba nessa parada
Como a última terminou
E depois nessa daqui
O som que ela começou
Isso é rima encadeada
Como foi determinada,
Cê entendeu professor?
No cordel anterior
Num foi respondido assim
O cordel tava incompleto
Por isso ficou ruim,
Pra quê tanta explicação
Nas coisas de inspiração?
Falar Tim-tim por Tim-tim!
Me dá até dor no rim
Perder esse tempo à-toa
Fazendo a explicação
Pra tão ilustre pessoa
Que já devia saber
O jeito de se fazer
Esses versos numa boa.
Mas vamos deixar de loas
E voltar para o duelo
Que já quebrou todo ritmo
Com certo riso amarelo
Faça sua provocação
Respondo de prontidão
Camões, galope ou martelo.
Prometo não ser singelo
E em ti descer a lenha
Se prepare de verdade
E com seriedade venha
Do jeito queu escrever
Você tem que responder
Essa sempre foi à senha.
Veja se nisso se empenha,
Pois professor é você
Se não gostar desse titulo
Eu nunca mais vou dizer
Pois sendo cabra da peste
Criado lá no nordeste
Prefiro sempre aprender.
Manezinho de Icó
E-mail – menezim-ico@bol.com.br
Mestre Zé Ferro até já tenho pronto o Cordel camoniano da outra refrega, não me custava nada publicar, mas espero a décima de versos curtos, com a rima encadeada, do jeitinho que fiz a minha e dei exemplo nessa. Outra coisa: Porquê o mestre não segue a seqüência cronológica do desafio anterior?