Obrigado Amigo Almir, Você mora No meu Coração Junto a uma dezena de outros companheiros.
Recebi as boas vindas
De um valoroso parceiro,
Um amigo verdadeiro
trazendo alegrias infindas.
Com suas décimas lindas,
Bem rimadas e medidas,
Com imagens coloridas
De tamanha perfeição
Que faz-nos ver do sertão
Belas imagens floridas.
Caro Almir, as nossas vidas
De autênticos nordestinos
Irmanam nossos destinos
Nossos gostos, nossas lidas.
São tristes nossas partidas,
Felizes nossos regressos
Trazemos na alma impressos
Quais profundas tatuagens
Aquelas belas paisagens
Que pintastes com teus versos.
Mesmo se andamos dispersos
Por estes ocos de Mundo
Não esquecemos um segundo
Os sentimentos diversos.
Que formam nossos universos
O Açude, as serras, os mares,
Nossos salubérrimos ares,
O cantar da passarada
O ocaso, a madrugada
E as tradições seculares.
Lembramos de nossos lares,
Das procissões, dos reisados,
Dos mutirões nos roçados,
Das vaquejadas impares.
Do som dos trovões nos ares
Quando ao inverno anunciam,
Das chuvas que propiciam
Um ciclo bom de riquezas
E de fartura nas mesas
Desde a hora que iniciam.
Em nós também há gravada
A imagem da seca triste,
Da crueldade que existe
Na terra seca e rachada.
Onde não se encontra nada
Para comer ou beber,
Em ver o gado a morrer,
E os filhos pedirem em vão
Qualquer pedaço de pão
Que não há como obter.
Quero, Almir, te agradecer
A boa vinda que deste
No meu retorno ao nordeste
Que jamais pude esquecer.
Por isso quero dizer
Cá nesta terra querida
Com a bateria exaurida
De pelo mundo vagar
Aqui quero completar
O ciclo da minha vida.