NÃO POSSO FICAR CALADO
(Por Domingos Oliveira Medeiros)
Algo está acontecendo,
Neste mundo encantado
Que andava em silêncio
Incomodando um bocado.
Mas o grande timoneiro,
Nosso eterno companheiro,
Rubenio, deu o recado.
Seu pleito foi atendido
Conforme o esperado;
Se o Rubenio chama a gente,
Ninguém se faz de rogado:
Assim disse o Ribeiro,
Nosso grande companheiro,
Que atendeu logo ao chamado.
Do mesmo jeito do Airam,
Há muito tempo calado;
Concordou com a medida,
Fez seu verso antecipado;
Sendo um bom cordelista ,
Preparou a sua lista,
Convocou mais um bocado.
Grandes nomes elencou
O marujo e companheiro;
Que também se prontificou
Seguir o mesmo roteiro
Do Rubenio, navegador,
Que canta versos de amor,
Nosso grande timoneiro.
Convocou grandes figuras:
O Zé Ferro e o Benedito,
Almir, Bilac e Jorginho;
Aprovamos o seu grito.
Lembrou o bom menestrel,
Egídio, o rei do cordel,
Fiúza, do verso em granito.
O mestre Almir aparece.
Ecoa um grito distante.
Filosofando ele fala,
Na frente, bem adiante:
Se não for de ouvido limpo,
Não vai achar no garimpo,
Nem ouro nem diamante.
Chegou a vez do Daniel
Fazer sua apologia
Ao amigo e companheiro
O mestre da poesia.
Dois conterrâneos de fato;
Ambos do mesmo mato:
Onde nasce a poesia.
Nosso canto está em festa.
Faz-se a comemoração.
Renasce a república,
É dia da proclamação.
Volta a viger a magia,
A prosa com alegria,
A nossa eterna união .
As diretrizes dos versos
São preceitos de irmão.
Proclama-se nesta data
A nova constituição.
A reger este milênio,
Conforme disse o Rubenio,
O grande amigo e cristão.
“Ó Grande Rei da Bondade,
Jesus, Eterno Artista,
Iluminai os caminhos
De cada bom cordelista;
Amparai seu galardão,
Seu plectro, sua criação:
Condão, Cordel altruísta!
Ó Senhora, ó benquista,
Ó Mariinha do Céu,
Clareai a senda autêntica
De quem faz o bom Cordel;
Afastai a maldição,
Protegei sua inspiração
Com o seu sagrado véu.”
Termino aqui meu recado
Desejando, ao seu final,
Que todos ressuscitemos,
Aproveitando o Natal:
Perdão a quem ofendemos;
Perdoados, se o fizemos;
Extirpando todo o mal.
Na humildade de Cristo,
Atento ao aprendizado
Da reza de São Francisco,
Assim se é perdoado.
É dando que se recebe,
Orando é que se percebe,
O quanto tem de verdade
Na compaixão e na dor,
Na prática da lealdade,
Tolerando as diferenças,
Buscando a fraternidade,
Faremos um novo mundo,
Onde o sentido profundo
Seja o mais puro amor.
Por isso, seguindo o refrão,
Não pude ficar calado:
Nesse Natal que aponta,
Tudo deve ser lembrado;
E qualquer mal entendido,
Que possa alguém ter ferido.
Deve ser perdoado.
Antecipo os votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo,, para todos os companheiros que, por agora, estejam saindo de férias. Que eu seja bom, e que todos vocês sejam melhores do que eu, no dizer do Monsenhor Josemaria Escrivã.