Ai Torre... Melhor não há !... 
Se deveras fosse amigo Da Milene como então Há tempo ido afirmei Remorderia comigo Em silêncio por castigo A amarga decepção Da vã paixão que sonhei A sétima que atrás criei Como é soer dizer-se Santo Deus... Está correcta Porque súbdito ou rei Sabem que nenhuma lei Ao amor pode tecer-se Com segurança concreta Verso a verso pela treta De poeta a poetaço Em laço de cego nó Mais um imbecil pateta Surgiria na valeta Enforcado no baraço Dos tristes que metem dó Juntaria pois o pó Ao silêncio remordido Para em honra merecer A lástima e pena só Dalguns coristas d avó Que ao Cristo todo fodido Não cessam de o foder Ora pois... Está-se a ver Qual a causa da cruzada Que dá apoio à megera Agora de azul a arder Toda santinha a benzer A predação da cambada Que me quer de bruta fera Como outrora nesta era Praza o sábio que escreveu Três quedas à velha cruz Porque cega mas à espera Está ainda a quimera Que a Pilatos concedeu Lavar-se e matar Jesus Os Guimas vão de capuz Os Géberes de capuchão A Mila vai de abadessa E o Randap... Catrapuz Filma a cena à média-luz À frente da procissão A clicar na cabeça Muito embora não pareça Deste embate tão renhido A verdade surgirá Quando a vaca d abadessa Gritar de bunda possessa Com o marsapo embutido: Ai Torre... Melhor não há! Torre da Guia PS = Cordel dedicado a todos os amigos que conservam os génes de Peniche em brasílica e bem conservada versão usinal. Prossiga pois o processo até ao lavar de mãos da Merdilene. Não duvidem que foi ela quem primeiro se atreveu, em relação à minha pessoa, a atirar a "primeira merda"... Foi ou não foi ?!... E leu a pobre tantas vezes a cena do apedrejamento a Madalena! |